Política Titulo Executivo
Orlando Morando tem o governo mais investigado do Grande ABC

Prefeito de S.Bernardo viu seu nome ou de secretários envolvidos em escândalos de corrupção que foram alvos do MP

Da Redação
22/07/2022 | 08:03
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Nario Barbosa/DGABC


Dentre todos os governos municipais, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), tem a administração mais investigada pelo MP (Ministério Público) no Grande ABC. O caso mais emblemático envolvendo a gestão do tucano é a Operação Prato Feito, deflagrada em 2018 para investigar denúncias de desvio de recursos da merenda em prefeituras de São Paulo.

O esquema consistia, segundo a investigação, em acomodar empresas de alimentação no governo, que realizavam contratos fraudulentos de alimentação. Orlando estava entre os 12 denunciados pelo MPF (Ministério Público Federal). O tucano foi acusado pela procuradora regional da República Elizabeth Kobayashi por peculato (desvio de recursos públicos), crime contra a administração pública, corrupção, fraude de licitação e organização criminosa.

Entre os nomes denunciados estava o do então aliado Carlos Maciel, que foi secretário de Assuntos Governamentais da Prefeitura de São Bernardo e presidiu a FUABC (Fundação do ABC), por indicação de Orlando.

Na secretaria, Maciel agiu, segundo o MPF, para colocar as empresas do genro, Fábio Mathias Favaretto, como fornecedoras da Prefeitura de São Bernardo. A ação incluía retardar as licitações para criar situações de emergência e, com isso, admitir as empresas sem necessidade da realização de concorrência pública, O esquema também foi realizados via FUABC (Fundação do ABC), na gestão de Carlos Maciel. A PF (Polícia Federal) chegou a pedir o afastamento de Orlando, tamanha a quantidade de denúncias que o envolviam diretamente no escândalo.

A Operação Barbatana foi outra que colocou o Paço de São Bernardo no centro de um escândalo de corrupção. Na ocasião, o então secretário de Gestão Ambiental, Mário de Abreu, foi flagrado em um esquema de venda de cargos públicos e de licenças ambientais. Mário de Abreu chegou a ser condenado a 15 anos de prisão pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e concussão (quando o servidor exige vantagem indevida por meio do cargo que ocupa).

Como desdobramento, o Ministério Público deflagrou a Operação Lix, que apreendeu R$ 135 mil em dinheiro com um agente público e R$ 8.500 com outro servidor. O caso também atingiu a Secretaria de Serviços Urbanos, envolvida em esquema que rompeu um contrato para poder colocar outras companhias no governo de Orlando Morando, também sem necessidade de licitação. Na visão da Promotoria, a emergencialidade foi fabricada para favorecer empresa aliada.

Outro réu foi acomodado na administração de Orlando Morando: Delson José Amador, atual secretário de Transportes e Vias Públicas. Ele responde a duas ações da época em que foi superientendente da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) e DER (Departamento de Estradas de Rodagem), durante as gestões de Geraldo Alckmin (PSB) e José Serra (PSDB). 




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