O advogado Marcelo Doval Mendes não é mais o superintendente do Saesa (Sistema de Água, Esgoto e Saneamento Ambiental) de São Caetano. A exoneração, a pedido, a partir do dia 18 de julho, foi publicada na edição de ontem do Diário Oficial do Município. A função será ocupada interinamente por Maria de Lourdes da Silva.

Ao contrário dos demais secretários municipais, que iniciaram seus trabalhos em dezembro do ano passado, logo após o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) ter sido liberado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a assumir o mandato, Mendes foi nomeado em março, em uma cerimônia que reuniu praticamente toda a classe política do município. Na ocasião, o advogado substitutiu Rodrigo Toscano, que havia sido indicado para a pasta de Mobilidade Urbana.

No ato que marcou a chegada de Mendes, Auricchio chegou a dizer que havia sido iniciado estudo para analisar a possibilidade de conceder os serviços de água e esgoto da cidade, mas que os trabalhos ficariam a cargo do então superintendente. O chefe do Executivo também falou da criação de uma agência reguladora para fiscalizar as concessionárias.

No meio político, a informação era que a saída do superintendente do Saesa tinha a ver com o descontentamento do deputado federal Cezinha de Madureira (PSD), que teria sido padrinho da indicação em São Caetano. Além de falta de apoio político ao parlamentar federal, a gota d’água para o rompimento teria sido o convite feito à ex-prefeita de Itapetininga Simone Marquetto (MDB), que é pré-candidata a deputada federal, para visitar São Caetano e participar de evento político no município, que ocorreu na semana passada. Com isso, Cezinha teria orientado o aliado a deixar a administração de José Auricchio Júnior.

Especialista em direito civil constitucional, Marcelo Doval Mendes teve passagens pelo Detran-SP e Telebras.

A Prefeitura de São Caetano foi procurada pelo Diário para falar sobres os motivos da saída de Marcelo Doval Mendes da administração, mas não respondeu aos questionamentos.