Internacional Titulo 'informações falsas'
Russos multam Google em US$ 360 milhões por conteúdo sobre Ucrânia
19/07/2022 | 08:07
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Reprodução


O órgão que regula as telecomunicações na Rússia, o Roskomnadzorm, disse nesta segunda-feira, 18, que um tribunal de Moscou multou a gigante americana Google em 21 bilhões de rublos (cerca de US$ 360 milhões) por não remover conteúdos considerados ofensivos sobre a guerra na Ucrânia.

A agência disse que o YouTube, de propriedade do Google, não bloqueou "informações falsas" a respeito da ofensiva na Ucrânia, nem conteúdos que "propagam o extremismo e o terrorismo" e "incentivam menores a participar de manifestações não autorizadas".

A condenação anunciada ontem é recorrente. De acordo com a lei, a empresa foi punida com base em seu faturamento anual na Rússia, disse o Roskomnadzor. Nos últimos anos, autoridades russas aumentaram a pressão sobre empresas digitais ocidentais, com multas e ameaças, para tentar silenciar os críticos na internet, um dos últimos espaços de livre expressão na Rússia.

Dificuldades

No entanto, dificilmente a multa será paga. Assim como a maioria dos gigantes de tecnologia ocidentais, o Google abandonou o mercado russo para denunciar a guerra na Ucrânia. Citado pela agência Ria-Novosti, um especialista no setor, Vladimir Zikov, indicou que esta foi a multa mais alta já aplicada a uma empresa de tecnologia na Rússia. Para Zikov, as autoridades podem impor ao Google "quantas multas quiserem, mas não receberão nenhum dinheiro" porque a empresa cessou suas atividades no país.

Em março, as autoridades russas acusaram o Google e o YouTube de atividades "terroristas", anunciando um possível bloqueio dos sites na Rússia, como já ocorreu com Twitter, Instagram e muitos veículos de comunicação independentes.

Nos últimos meses, as autoridades russas reforçaram seu arsenal legal para controlar a comunicação a respeito da operação militar na Ucrânia, ameaçando aqueles que divulgam o que consideram como "informações falsas" sobre a guerra com penas de até 15 anos de prisão. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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