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‘Vamos incentivar o comerciante local a estar no shopping’
Da Redação
18/07/2022 | 00:01
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Divulgação


A remodelação do terminal rodoviário de Mauá, que tem obras em andamento por meio de PPP (Parceria Público-Privada), trará ao município novo centro de consumo, o Shopping Nova Estação Mauá. O diretor de desenvolvimento e gestão do empreendimento, Edílson de Oliveira, avalia que este será um novo marco para o comércio da cidade, por estar em localização privilegiada e ter alta movimentação garantida de consumidores. 

Com investimento de R$ 85 milhões e inauguração prevista para março de 2024, o Shopping Nova Estação Mauá deverá gerar 2.000 empregos diretos quando estiver em funcionamento. O centro de consumo terá mix de 400 lojas, além de áreas de convivência e estrutura completa para receber público diário estimado de 200 mil pessoas. 

Por qual razão a Demac e o Grupo Zarin decidiram investir na construção de um shopping em Mauá?

Observamos que Mauá é uma região próspera, com uma população de 500 mil pessoas, além do potencial de todo o seu entorno com mais sete municípios, incluindo a Capital, atendendo quase 3 milhões de moradores. A cidade ainda abriga um dos maiores parques industriais do País e seu intenso fluxo, setor de serviços e a presença de importantes empresas fazem do município uma excelente oportunidade para lojistas e comerciantes. Em paralelo, o local para a construção do Shopping Nova Estação Mauá foi escolhido para seguir uma tendência mundial, onde centros de consumo se integram aos sistemas modais da cidade com grande fluxo de clientes. Dessa forma, o empreendimento ficará localizado em um dos maiores transbordos de transportes da Região Metropolitana de São Paulo, no Terminal Rodoviário de Mauá e junto à estação da CPTM (de trens). Para se ter uma ideia, apenas da estação central da cidade saem 33 linhas de ônibus conectadas aos terminais urbano e interurbano. 

Como é uma PPP (Parceria Público-Privada), qual seria a participação da empresa e do poder público no processo de construção do Shopping Nova Estação Mauá?

O poder público concedeu a exploração comercial do espaço, ficando sob responsabilidade da concessionária a construção de um novo terminal de ônibus para a população de Mauá. Quem está construindo o shopping é a Demac e o Grupo Zarin. A ABLSAN é responsável pela comercialização das lojas do shopping e a 100% Shopping é a administradora do empreendimento em Mauá.

A reforma da estação fica a cargo da Prefeitura?

Na verdade, um novo terminal rodoviário será construído, mais moderno, atualizado e de acordo com as necessidades da população, com novos acessos e interligações entre os demais sistemas de transportes, além do sistema de segurança, escadas rolantes e equipamentos acessíveis com os elevadores. A localização do Shopping Nova Estação Mauá é excelente. Então, no projeto, pensamos em aproveitar todo espaço disponível para construção dos serviços. A obra é de nossa responsabilidade. Já a estação de trem não faz parte da nossa concessão. 

Qual o tamanho do shopping, quantas lojas previstas e quais segmentos irão atuar no espaço?

Em mais de 17 mil metros quadrados de construção, em dois andares, vamos disponibilizar aos clientes um mix de 400 lojas, além dos espaços de convivência, banheiros e internet gratuita. Já estamos com pelo menos 30% dos espaços comercializados, entre eles, lojas de roupas, acessórios no geral, assistência técnica e alimentação, como um ponto de café e refeições mais rápidas. O nosso objetivo também é reunir e incentivar os comerciantes locais, que já estavam trabalhando no entorno do shopping, e que agora passam a contar com mais segurança e conforto. Também teremos oportunidades para as lojas âncoras, franquias maiores, em um espaço de 650 metros quadrados e as lojas satélites com espaços de 10 a 65 metros quadrados. Nossa expectativa é a de que 200 mil pessoas passem pelo empreendimento todos os dias, e que os consumidores embarquem e desembarquem do transporte público diretamente nas lojas e nos serviços do Shopping Nova Estação. A arquitetura do shopping ainda assina sustentabilidade, que privilegia um sistema de água de reúso, ampla cobertura verde e energia sustentável. 

 Qual o investimento total e quanto já foi investido até aqui?

O empreendimento conta com um investimento de R$ 85 milhões. Além do sucesso do novo centro de compras, o nosso objetivo ainda é contribuir com o aprimoramento de Mauá, no qual, os moradores poderão usufruir de uma construção moderna, além do retorno econômico estimado em R$ 62 milhões ao município ao longo dos próximos 35 anos. 

Qual a previsão de faturamento anual do empreendimento?

Por ser um novo formato, que, inclusive, dependerá da performance dos lojistas, ainda fica difícil precisar o potencial desse faturamento. 

O sistema será de locação das lojas?

Sim, as lojas serão somente locadas. Atualmente, já temos em média 60 contratos assinados e mais 30 em processo de assinatura, ou seja, mais de 30% das lojas já estão reservadas e as negociações seguem em andamento. 

Quantos empregos serão gerados na obra e qual o percentual de trabalhadores da própria cidade?

Atualmente, nessa segunda etapa das obras, são pelo menos 2.500 empregos gerados diretamente. Nossa expectativa é que esse número aumente, principalmente com a chegada de construções de lojas. Esse número soma com os dados positivos da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), que são mais de 1 milhão de empregos gerados em 620 shoppings espalhados pelo País. Após a abertura do empreendimento, estimamos que cerca de 2.000 empregos diretos serão mantidos. 

Quais são as principais lojas que estão confirmadas no empreendimento?

Até o momento, já recebemos importantes lojas para compor nosso catálogo, como a Milk Shake Mix, Pink Jeans, Rei do Óculos, Mercado Fifo e Gourmezinho, por exemplo. Mas ainda temos novos pontos e contratos em andamento, para lojas âncoras e serviços. Mas podemos dizer que nossa principal âncora será a estação.

Próximo ao local, há outros centros de compras que já têm tradição em Mauá. Há espaço para novos players?

Devido ao modelo do novo empreendimento ser totalmente diferenciado e em momentos distintos de consumo, entendemos que sim, existem espaços para todos. O adensamento de boas concorrências fortalece, ainda mais, o hábito de consumo na cidade e todos acabam ganhando.

A crise econômica, gerada a partir da pandemia da Covid-19, é um ponto de preocupação para a empresa?

O Shopping Nova Estação Mauá é considerado diferente dos shoppings tradicionais. Geralmente, esses empreendimentos precisam ir atrás do seu público para gerar visitação. No nosso complexo, trabalhando junto aos terminais, o público já está inserido nele, então, nosso shopping já nasce com o fluxo que precisamos para continuar crescendo e aproveitar isso, tanto nós, gestores, quanto os lojistas. 

Em outubro, haverá eleições no Brasil. De que forma o processo eleitoral afeta o andamento de obras como essa?

De nenhuma maneira, justamente por se tratar de uma obra privada. 

A companhia atua no setor de shoppings em outros locais do Brasil?

Sim. Atuamos com shoppings e centros comerciais em outra cidades, como Indaiatuba e Bragança Paulista (as duas no Interior do Estado), por exemplo. 

Há intenção de mais investimentos em outros municípios do Grande ABC?

Por enquanto, não. No momento, nosso foco está em Mauá e voltado para todo processo do Shopping Nova Estação, que tem como previsão de abertura março em 2024. 




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