Política Titulo
Reforma política deve ser votada nesta quarta-feira
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
07/08/2007 | 20:14
Compartilhar notícia


Os líderes partidários decidiram nesta terça-feira, em reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), adiar a retomada da votação da reforma política para esta quarta.

“Amanhã (quarta), devemos nos debruçar apenas na votação da reforma política”, informou o líder do PR, Luciano Castro (RR). Segundo ele, o primeiro item da pauta será o requerimento de preferência para primeiro apreciar o dispositivo que trata da fidelidade partidária.

Castro disse que, se o requerimento for rejeitado, os deputados começarão a votar dispositivos da Emenda Aglutinativa Global 12, que institui o financiamento público para as campanhas majoritárias (presidente da República, governadores, senadores e prefeitos), o financiamento privado para as eleições proporcionais (deputados federais, estaduais e distritais e vereadores) e o fim das coligações proporcionais com a criação das federações partidárias.

“O cerne dessa pretensa reforma eleitoral caiu quando o plenário não aprovou o voto em lista fechada pré-ordenada e a lista flex”, assinalou o líder do PSDB, Antonio Carlos Pannunzio (SP). Segundo esta proposta, os eleitores não votariam mais diretamente nos candidatos nas eleições proporcionais, e sim em uma lista pré-elaborada pelo partido.

Para ele, a partir dessa votação, todas as demais tentativas que se fizerem não vão resolver o problema da reforma política. “Não vão melhorar as condições da legislação eleitoral e podem até criar um certo tumulto, misturando financiamento público com financiamento privado”.

Na opinião de Pannunzio, o Congresso Nacional precisa enfrentar a reforma política com coragem e com profundidade, votando propostas de emenda constitucional que alteram as regras atuais do sistema eleitoral. Segundo ele, se a Câmara aprovar o projeto de reforma política como ele está, a matéria vai ficar capenga. “Tentam recuperar algumas coisas da reforma política por via torta”, afirmou.

Já o líder do PT, deputado Luiz Sérgio (RJ), declarou que seu partido vai continuar insistindo na aprovação da reforma política com o financiamento público para as eleições majoritárias. “Nós, do PT, vamos lutar para que parte da reforma possa ser salva ainda. A parte que vamos defender é a que estabelece o financiamento para as eleições majoritárias”.

Segundo ele, o financiamento privado está distorcendo a democracia. “Os financiamentos privados, muitas vezes, têm reflexos em muitas das crises que temos evidenciado na política brasileira, nos últimos anos”. Ele admitiu que a reforma política é uma matéria muito polêmica. “A reforma não se resume à lista fechada. Há muitos outros pontos que podem ser aprovados”, ressaltou o petista.



Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;