A Seleção Brasileira desembarcou terça-feira no Rio com mais um título da Liga Mundial. Mas evitou o clima de festa, porque já mira um novo objetivo: o bicampeonato mundial, que será disputado no Japão em novembro. O desejo de levantar mais esta taça é tão grande, que Bernardinho não tem intenção de deixar o vôlei e migrar para outro esporte. Nos últimos meses, o nome do treinador foi cogitado para assumir um cargo na CBF (Confederação Brasileira de Futebol). “Deixar o vôlei não está nos meus planos. Gosto de futebol, mas de outros esportes também, como o basquete. Mas meu negócio é o vôlei”, decretou o comandante.

Além do Campeonato Mundial, Bernardinho tem outros planos. O técnico pretende lançar um livro no qual relata os 13 anos à frente das equipes feminina e masculina. “É um projeto que eu tenho há muito tempo e que já está na parte final. Vou falar sobre os erros e os acertos desta caminhada”, completou.

Perfeccionista, Bernardinho lembrou ainda que não tem condições de assumir o comando de uma equipe em outro esporte. De acordo com o treinador, não teria conhecimento para isso. No máximo, poderia integrar uma comissão técnica. “Para ser o treinador principal em outro esporte não há condição. É necessário um conhecimento específico que eu não tenho”.

O vôlei já exportou alguns cérebros para o futebol. O primeiro foi Bebeto de Freitas, que comandou a seleção medalha de prata na Olimpíada de Los Angeles-84. Hoje, o ex-treinador é presidente do Botafogo. Outro que se aventurou no esporte mais amado do Brasil foi José Roberto Guimarães, ouro com a equipe masculina em Barcelona-92 e comandante da seleção feminina. No início dos anos 90, José Carlos Brunoro, que foi técnico da seleção masculina de vôlei, comandou a vitoriosa parceria Palmeiras-Parmalat. No final da década de 90, foi diretor de esportes da Hicks Muse, ex-parceira do Corinthians e Cruzeiro. (Com Agências)