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Militar americano é considerado culpado por aterrorizar prisioneiros
Da AFP
21/03/2006 | 21:42
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Um tribunal militar dos Estados Unidos considerou o sargento Michael Smith culpado por ter utilizado um cachorro para aterrorizar os detidos da prisão iraquiana de Abu Ghraib, anunciou o Exército americano. Ele foi julgado no tribunal militar em Fort Meade (Maryland) e poderá cumprir uma pena de 8 anos e 9 meses de prisão. A corte se reunirá novamente nesta terça-feira para decidir o total da condenação, precisou o Exército em um comunicado. A corte marcial deve anunciar a condenação de Smith amanhã, após abrir a audiência condenatória no final desta terça-feira, informou o Exército.

Em 2004, as fotos que mostravam soldados torturando prisioneiros em Abu Ghraib rodaram o mundo, provocando a reprovação internacional. Em algumas delas, os guardas utilizavam os cães para aterrorizar prisioneiros nus. As acusações contra Smith incluem negligência no cumprimento dos deveres e conspiração para maltratar prisioneiros. Além da prisão, ele enfrenta a possibilidade de ser rebaixado. Smith declarou aos investigadores que os serviços de inteligência haviam lhe pedido para utilizar seu cão nos interrogatórios.

O escândalo de Abu Ghraib já levou à condenação de outros soldados, mas nunca dos principais responsáveis militares e civis do governo de Bush. O cabo Charles Graner, considerado o líder do grupo responsável pelas torturas, foi condenado à pena mais dura: 10 anos. Ele também alegou ter obedecido às ordens da inteligência militar. A soldado Lynndie England, sua companheira na época e que virou símbolo do escândalo, foi condenada a três anos de prisão e recebeu uma baixa desonrosa do Exército.

Já as investigações do Exército inocentaram o general Ricardo Sánchez, comandante das forças americanas no Iraque durante a época do escândalo, além de outros três oficiais de alto escalão. A então comandante da prisão, Janis Karpinski, foi rebaixada de general para coronel por ordem do presidente George W. Bush, mas sem chegar a passar pela corte marcial.




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