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Desemprego aumenta na Argentina
Do Diário do Grande ABC
25/06/2000 | 18:05
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As especulaçoes sobre o nível de desemprego na Argentina chegaram ao fim, com a revelaçao dos primeiros dados preliminares, que resultaram ser piores do que havia estimado o governo de Fernando de La Rúa: 14,7% da populaçao do país nao tem trabalho, percentagem equivalente a dois milhoes de pessoas. Na última mediçao, realizada em outubro de 1999, o nível havia sido colocado em 13,8% e o novo índice de 14,7% está, inclusive, acima do registrado em maio do ano passado, 14,5%.

Com relaçao a outubro, o aumento chega a quase 1 ponto percentual e equivale a cerca de 130 mil pessoas que se incorporaram desde entao às fileiras dos desempregados. Este resultado foi revelado antecipadamente pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) ao jornal Clarín, enquanto os dados oficiais serao divulgados no próximo dia 20 de julho.

As mediçoes da Grande Buenos Aires (a zona urbana em torno da Capital Federal) deram um desemprego entre 15,8% e 15,9%, enquanto, há um ano, o índice era de 15,6% nessa área e, em outubro passado, de 14,4% A leitura positiva de 14,7% em maio passado é porque esse nível nao supera os altos índices dos últimos anos do Menenismo. Mas, para um governo que tenta diferenciar sua política da do ex-presidente Carlos Menem, especialmente no campo social, esta visao nao ajuda muito. Além disso, desde maio, o governo vinha estimando que o desemprego ficaria no nível de maio de 1999, nao acima dele. Na semana passada, o governo realizou reunioes com diferentes setores da sociedade para pedir-lhes investimentos e mais otimismo a respeito do andamento da economia.

Nesta segunda-feira, será realizada a Convençao da Associaçao de Bancos da Argentina (ABA), onde a situaçao da economia será um dos eixos do debate.

Na convençao da ABA, a Fundación Capital (consultoria econômica a cargo de Martin Redrado), apresentará um trabalho no qual estabelece que a Argentina deverá esperar cerca de quatro anos para conseguir o Investment Grade, que lhe permitiria pagar cerca de US$ 3,5 bilhoes menos por ano pelos juros de sua dívida. Segundo Redrado, um dos principais problemas da Argentina é a relaçao de disparidade entre a dívida externa e as exportaçoes. Seriam necessários cinco anos de vendas ao exterior para poder pagar todos os passivos da dívida.




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