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AIDS reduz expectativa de vida na África em 20 anos
Das Agências
28/02/2001 | 15:33
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A AIDS provocará até o ano 2010 uma redução de 20 anos na média de expectativa de vida nos países africanos mais afetados pela epidemia, segundo um estudo da ONU publicado nesta quarta-feira.

Este estudo, realizado pela divisão de população da ONU, indica que 88% das pessoas (29 milhões) portadoras do vírus HIV vivem em 45 países: 35 na África do Sul, quatro na Ásia e seis na América Latina e no Caribe.

O impacto da AIDS na demografia é particularmente grave nos nove países africanos nos quais a porcentagem de população infectada é superior a 14%: África do Sul, Botswana, Quênia, Lesotho, Malawi, Namíbia, Swaziland, Zâmbia e Zimbabue.

Nesses países, a expectativa de vida passou em 2000 de 49,3 anos a 61,5 anos sem a AIDS. Mas de 2005 a 2010, a expectativa de vida deverá baixar a 45 anos, em vez de aumentar para 65 anos como se prevê na ausência de epidemia.

Em Botswana, o país mais afetado onde quase um adulto em cada três tem o vírus, a expectativa de vida, que era de 60,2 anos em 1990-95, cairá para 36 anos em 2000-2005.

No entanto, apesar da doença, a população desses países aumentará (37% em Botswana, 148% em Swaziland), exceto na África do Sul, devido à sua fraca taxa de fecundidade.

O impacto demográfico da AIDS se sentirá menos na Ásia (Birmânia, Camboja, Índia e Tailândia) e na América Latina (Bahamas, Brasil, Guiana, Haiti, Honduras, República Dominicana) mas a epidemia se estenderá mais rápido na África, destaca a ONU.

A doença deixará 2,2 milhões de mortos em 2000-2005 (1,6 milhão na Índia) e 0,4 milhões na América Latina, acrescenta.




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