A bancada do PT de Mauá determinou ao vereador e vice-presidente da Câmara, Luiz Antonio Grígio (PT), que reverta as dez demissões de assessores feitas na quinta-feira na Câmara. Grígio, junto com o presidente da Casa, Diniz Lopes (PL), e o primeiro-secretário da Câmara, Lourival Lolô Fargiani (PL), assinaram uma portaria determinando as exonerações.

O líder da bancada petista, Hélcio Antonio da Silva, afirmou que Grígio tomou uma decisão isolada, sem consultar o partido. A assinatura dele foi decisiva, já que os outros dois vereadores da Mesa Diretora – Sidnei Sabela (PSDB) e Rogério Santana (PT) não aceitaram a medida.

“Ficamos surpresos e decepcionados com a decisão. O Grígio nunca poderia ter participado de uma ação como essa. Conversamos com ele para que reverta o que fez, porque não é correto”, disse.

A maior decepção, segundo o líder, foi o fato de os demitidos serem ligados a quatro vereadores: Arissol Miranda, Zeferino de Sousa, Terezinha Ferreira, a Teka, e Claudete Porto, todos sem partido, que foram decisivos na eleição de Grígio para vice-presidente no último mês. “Discordamos da maneira como ele agiu. Ele terá de trabalhar para mudar o quadro, já que tomou a atitude sozinho”, disse Hélcio, acrescentando que o clima na Câmara, que era de tranqüilidade, ficou tenso, além de trazer desgaste para Grígio entre os demais vereadores.

O presidente do PT, vereador José Luiz Cassimiro (PT), disse que para eleger Grígio e Rogério, houve um acordo político, onde nunca foi discutida a questão de cargos. Para José Luiz, a indicação pertence ao grupo dos 12 vereadores que se uniram no ano passado para ganhar a presidência da Câmara. “O acordo tem de continuar valendo, porque perdemos a eleição”, disse José Luiz, que foi o candidato a presidente derrotado na ocasião.

Grígio afirmou esta sexta-feira que respeitará decisão da bancada e vai lutar para reverter as demissões.