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Cesta básica recua, mas
chuva já pesa no bolso
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
14/01/2011 | 07:00
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A cesta básica do Grande ABC está mais barata nesta semana com queda de 0,30% ou R$ 1,10 em relação à semana depois do Natal. Apesar da boa notícia, as chuvas já começam a dar sinais de que vão encarecer a compra do mês. A laranja teve alta de 17% no período e a alface já está 7% mais cara, fazendo com o consumidor deixe R$ 363,15 no caixa para encher o carrinho.

A Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), que foi inundada no início desta semana, diz que as fortes chuvas comprometem as regiões produtoras e atrapalham também o transporte de alimentos. Apesar de as melancias terem sido as mais afetadas pela inundação no local, são as verduras que estão sofrendo as maiores variações com preços até 60% mais altos.

"Produtos como alface, rúcula e agrião são os mais afetados. A expectativa é de mais aumento até fevereiro porque as chuvas prejudicam a qualidade e diminuem a oferta. Não tem como o preço não subir", avalia o economista da companhia, Flávio Godas.

Para evitar gastar muito, o economista orienta consumidores a trocar produtos e levar para casa itens com menor custo. "Mandioca, batata, cebola, pimentão, milho verde e beringela são os produtos mais resistentes." As frutas são os itens que menos sofreram com a mudança do clima. No entanto, a maior procura por laranjas no mercado externo auxiliaram a alta do seu preço. "Quem puder deve preferir o maracujá que está mais barato."

O valor empenhado na compra só não foi maior nesta semana porque carne e feijão, até então vilões do bolso, deram uma trégua. Eles estão 7% e 17% mais baratos, respectivamente. "Só o feijão caiu 18%. A carne de primeira custa R$ 16,60 e a de segunda sai por R$ 10,28, caiu pouco, mas diminuiu", diz o engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fábio Vezzá de Benedetto.

Com o feijão a R$ 2,43, o engenheiro avisa que será difícil conseguir que o grão baixe mais. "Ele chegou aos R$ 5, e esse é já um bom valor, até para que o produtor também não perca muito", aponta.

A carne também não deve ter nova queda. "Os pastos agora vão ficar melhores e ajudar a segurar o preço, mas ainda há muita procura no mercado externo e a locomoção dos produtos fica difícil neste período", relata Benedetto.




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