"Estou certo de que é um erro confundir a natureza da crise. Alguns países que formam o Mercosul atravessam crises que serão resolvidas dependendo de cada um deles, mas os problemas do bloco são de outra natureza e de muito menor gravidade", disse Amaral numa coletiva.

Para ele, a crise na Argentina e no Uruguai fará com que esses países se tornem ainda mais fortes, quando houver um crescimento de competitividade de suas indústrias e existir uma adaptação para favorecer as exportações.

Segundo Amaral, especialmente o aprofundamento da crise na Argentina representou um impacto considerável no comécio bilateral, e como consequência no equilíbrio comercial do Mercosul, mas destacou que o bloco mantém sua unidade nas negociações.

"Uma prova disso é que estamos preparando uma missão comercial conjunta Brasil-Argentina para viajar ao México em busca de oportunidades de negócios, do mesmo modo que já o fizemos na China e Índia, e assim se fará quando for necessário", disse.

Em todas as negociações do bloco, os países do Mercosul "mantêm uma sólida unidade de critérios que vai aquém da conjuntura pela qual cada um deles está atravessando", afirmou o ministro brasileiro.

O maior risco para o Mercosul, advertiu, é a possibilidade de que um de seus membros caminhe rumo à dolarização. "Mas é muito pouco provável", assinalou.