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Carga de trabalho dos controladores de vôos deve cair, diz ministro
Das Agências
01/11/2006 | 22:26
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O ministro da Defesa, Valdir Pires, disse nesta quarta-feira que o governo estima que possa reduzir entre 20% e 30% a carga de trabalho de controladores de vôos com as medidas anunciadas nos últimos dias para minimizar os problemas e atrasos nos vôos. Entre as medidas, citou o ministro, estão a restrição de pousos e decolagens de avião de pequeno porte entre 7h30 e 12h30 e entre 17h e 20h, o remanejamento de operadores de tráfego aéreo de outros Estados para Brasília e a convocação de controladores de vôos aposentados que retornem à ativa.

Pires classificou como boa a reunião realizada nesta quarta-feira com sindicatos e associações da categoria e admitiu que boa parte dos problemas que estavam sendo vividos por esses profissionais não eram de seu conhecimento. “Eu não tinha informação sobre o limite aos quais eles estavam submetidos. Disse a eles que vou trabalhar em parceria para que todo o sistema seja estruturado”, afirmou o ministro.

O governo também deve editar uma MP (Medida Provisória) autorizando a contratação de 60 controladores em regime de urgência.

O presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, Jorge Botelho, disse que os controladores apresentaram ao ministro proposta de desmilitarização do controle do tráfego aéreo civil. A posição dos controladores, sejam civis ou militares, é de que essa atividade – no que se refere à aviação civil – não deve ficar dentro de uma estrutura militar.

Botelho argumentou que as Forças Armadas são preparadas para cuidar da defesa do espaço aéreo, e que o gerenciamento do tráfego aéreo deve ser uma atividade civil.

Segundo ele, apenas Brasil e Argentina adotam o modelo de gerenciamento militar na América do Sul. “A Argentina já está mudando. Será que vamos ficar, no continente, como único país que anda para trás?”, questionou. Dos 3,2 mil controladores de vôo no país, apenas 50 são civis.

Botelho afirmou que a situação vivida nos aeroportos é reflexo do crescimento da aviação civil nos últimos dois anos.




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