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Americanos defendem que país se preocupe com os próprio problemas
Da AFP
17/11/2005 | 13:26
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O crescente inconformismo com a ocupação do Iraque fez com que aumentasse o número de americanos que defendem que o governo dos Estados Unidos se preocupe com os problemas do país, sem intervir em outras nações.

"A porcentagem de americanos que acham que os Estados Unidos deveriam se ocupar dos próprios assuntos em nível internacional aumentou de 30% em 2002 para 42%", concluiu a pesquisa feita pelo Pew Research Center, de Washington. "Isso vai ao encontro da porcentagem que achava o mesmo em meados dos anos 70, após a guerra do Vietnã, e nos anos 90, após a Guerra Fria".

Uma pesquisa do Gallup divulgada na quarta-feira já havia determinado que a opinião pública americana é atualmente tão hostil à guerra no Iraque quanto antes da guerra do Vietnã, já que cerca da metade dos americanos acha que a invasão foi um erro.

O estudo desta quinta-feira, baseado na opinião de 2.500 americanos, inclusive formadores de opinião, concluiu que cerca de 50% desaprovam a política externa do presidente George W. Bush e que 57% reprovam como ele lida com a situação no Iraque. "Os formadores de opinião expressam dúvidas profundas a respeito da decisão de ir à guerra no Iraque, e a maioria acha que a mesma afetou negativamente a luta contra o terrorismo", diz o relatório.

A pesquisa também mostra que 66% dos americanos acham que os Estados Unidos são menos respeitados no exterior agora do que antes, principalmente devido à invasão do Iraque. "Os formadores de opinião e o público apontam a guerra no Iraque como principal motivo do descontentamento com os Estados Unidos em todo o mundo", concluiu o estudo

A maioria dos formadores de opinião acredita que os Estados Unidos irão fracassar na tentativa de criar um governo democrático e estável no Iraque. Uma pequena maioria do público em geral pensa o contrário: "Os líderes de opinião são muito mais pessimistas quanto ao futuro do Iraque do que o público em geral."

A pesquisa se concentrou na política externa americana e foi feita entre os últimos dias 5 e 31 de outubro. Foram ouvidas 2.006 pessoas do público em geral e 520 formadores de opinião, da imprensa, governos locais, governo federal, Forças Armadas, especialistas em segurança e política externa, cientistas e religiosos.




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