Segundo a Aneel, estao habilitados a participar do leilao, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, grupos formados por empresas de seis países: França, Argentina, Brasil, Estados Unidos, Espanha e Itália.

Vencerá o leilao o consórcio que oferecer o menor valor de tarifa de transmissao, ou seja, o que apresentar melhores preços finais para os consumidores.

Vinte e oito meses depois da assinatura do contrato de concessao, que será válido por 30 anos, estas linhas de transmissao devem entrar em funcionamento, segundo a Aneel. A nova configuraçao da distribuiçao de energia vai gerar cinco mil empregos diretos e indiretos e vai impulsionar as economias dos municípios por onde as novas linhas de transmissao vao passar.

A Aneel informa também que, assim que entrarem em serviço, as novas linhas vao representar um fornecimento extra de energia de 1.300 megawatts anuais. A oferta brasileira de eletricidade chega aos 68.000 megawatts anuais, sendo que o país ainda ``importa' 10% do que consome do Paraguai, Argentina, Uruguai, Bolívia e Venezuela, principalmente.

Segundo o presidente da Aneel, José Mário Miranda Abdo, estes 2.900 km sao verdadeiras ``autopistas elétricas' que melhorarao a relaçao entre os sistemas das regioes centro-oeste, nordeste, sul e sudeste e aumentarao a confiança no fornecimento de energia.

A demanda de energia elétrica no Brasil cresce 4,5% a cada ano, ou seja, seriam necessários entre 3 mil e 3.500 megawatts a mais por ano para suprir as necessidades dos 45 milhoes de lares consumidores.

Da energia produzida no Brasil, 87% vêm das hidrelétricas, 10% de usinas termelétricas e 3% dos reatores nucleares de Angra dos Reis, no Estado de Rio de Janeiro.

Apesar dos projetos da Aneel de democratizar o setor, um estudo recente do ministério das Minas e Energia estima que cerca de 20 milhoes de brasileiros que vivem em áreas rurais, principalmente do Norte e Nordeste, nao têm energia elétrica em suas casas.