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Governo quer estimular setor privado
da Abr
25/11/2010 | 07:29
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O governo federal discute os acertos finais de um pacote de medidas para estimular o setor privado a ampliar o nível de investimentos, sobretudo em infraestrutura. Segundo o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, as "microrreformas" são necessárias para que se crie, no País, um modelo de financiamento privado voluntário de longo prazo.

"Todo o financiamento de longo prazo está concentrado no BNDES, e isso não é desejável, já que a escala de investimentos precisa subir muito e seria impossível a sustentação do atual modelo", afirmou Coutinho, referindo-se à necessidade de que a atual taxa de investimento, de cerca de 19% do PIB (Produto Interno Bruto), atinja pelo menos 23% nos próximos anos, sem que, para isso, o BNDES tenha que ampliar seu volume de empréstimos.

O aumento da taxa de investimentos é necessário para permitir que a economia brasileira continue crescendo de forma sustentável. "É imperioso que se desenvolva um modelo de financiamento privado voluntário e as microrreformas são necessárias para induzir, de maneira suave, tranquila, esse novo modelo."

Coutinho diz que a presidenta eleita, Dilma Rousseff, está de acordo com a necessidade de conceder estímulos ao crédito privado. "Não há nenhuma medida pirotécnica, bombástica, ou qualquer atropelo à poupança. O que pretendemos é dar um tratamento amigável para que o setor privado possa emitir papéis de longo prazo com um tratamento tributário calibrado e regras tributárias mais favoráveis."

A ideia é criar um mercado de crédito e financiamento de maturidade média e prazos intermediários. Ele destacou que, embora as taxas de juros cobradas pelo setor privado inicialmente possam ser mais altas do que as do BNDES, a proposta do governo é que, em médio prazo, elas sejam convergentes.




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