Agílio Monteiro passou o final de semana em Sao Paulo para acompanhar as investigaçoes e teve duas reunioes, uma no sábado e outra no domingo, com o ministro da Justiça, José Gregori, para discutir a caça ao foragido.

Neste domingo, Agíliou voltou a recomendar a Nicolau que ele se entregue à PF para evitar uma "experiência constrangedora". Caso o ex-juiz nao apareça espontaneamente, garantiu o diretor, ele preso de qualquer forma e até algemado, se for preciso.

A pressao da vida de fugitivo pode ser um fator que facilite a desistência de Nicolau. Monteiro argumentou que o padrao de vida do ex-juiz caiu muito e ele nao mais pode usufruir os privilégios que tinha antes.

'Paranóia' - As cobranças à Polícia Federal por resultados na caça ao juiz Lalau nao vêm só do Planalto. Agílio contou que até seus vizinhos, em Belo Horizonte, perguntam diariamente sobre quando sai a prisao de Nicolau.

Apesar de qualificar que a PF está trabalhando com otimismo no caso, o diretor admite que a prisao do ex-juiz se tornou "uma grande paranóia". Ele desdenha sobre a desconfiança de que a Polícia Federal anda desorientada, mas revelou que muitas informaçoes desencontradas chegam diariamente aos delegados.

Monteiro contou que, há duas semanas, disseram à PF que Nicolau estava em dez diferentes localidades ao mesmo - inclusive, diferentes continentes.