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Servidor de São Bernardo continua sem resposta

Funcionários públicos aguardam posicionamento do Paço sobre revisão do índice de reajuste

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
18/04/2022 | 06:17
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Celso Luiz/DGABC


Dez dias depois de os servidores decretarem estado de greve para forçar a Prefeitura de São Bernardo a retomar as negociações sobre reajuste salarial, o governo do prefeito Orlando Morando (PSDB) ainda não se manisfestou em relação ao pedido para reabrir conversas a fim de revisar o índice aprovado, de 6%.

Ainda na tentativa de chamar a atenção da gestão tucana, os servidores pretendem promover novo ato, depois de amanhã, chamado de “bloco da indignação”. A proposta é sair da sede do sindicato, na Vila Olga, caminhar pela Rua Marechal Deodoro e rumar para a Praça Santa Filomena, também no Centro da cidade.

Ainda que o repasse – de apenas 6% – já tenha sido avalizado pela Câmara e incorporado ao salário de abril dos servidores, os trabalhadores entendem que o índice não atende _à reivindicação da categoria, que pede reajuste acima da inflação acumulada, que foi de 11,30% até março, como informa o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Além da correção de 6%, a administração dobrou o valor do vale-alimentação, que passou de R$ 220 para R$ 440 por mês.

Conforme o presidente do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos) de São Bernardo, Dinailton Cerqueira, a falta de diálogo por parte da gestão de Orlando Morando só “escancara” a maneira que o prefeito tucano trata o funcionalismo público do município.

“O silêncio é um desrespeito com os servidores públicos. Este ano, os servidores de São Bernardo não estão gostando da atuação do prefeito, principalmente com as questões envolvendo o funcionalismo público. Se esse silêncio continuar, o prefeito poderá testemunhar uma das maiores greves já feitas pelos servidores do município”, declarou Cerqueira ao Diário, ontem.

Os funcionários públicos de São Bernardo marcaram nova assembleia para o próximo dia 29. Até lá, a entidade sindical espera que o Paço tenha novo posicionamento com relação às reivindicações, de modo que a categoria possa definir os próximos passos do movimento.

“Vamos realizar a assembleia e devemos apreciar mais um pedido de estado de greve. O funcionário público da cidade tem percebido que Orlando Morando tem agido para destruir alguns setores do funcionalismo e até mesmo com alguns postos de trabalho. Somente na gestão dele já foram fechadas 20 escolas, assim como a Fundação Criança, por exemplo. Com isso, muitos servidores ficaram sem emprego”, sustentou o presidente do sindicato.

Ao Diário, a Prefeitura de São Bernardo tem dito que mantém diálogo com o sindicato, e que ofereceu o reajuste, assim como o aumento de 100% no valor do auxílio-alimentação. Conforme o Executivo, o reajuste representa de 10% a 23% de majoração nos rendimentos salariais. A administração ainda tem alegado que o reajuste já deve ter sido incorporado ao salário deste mês.  




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