O preço por quilômetro é cinco vezes superior ao que está sendo gasto na duplicaçao dos outros 177 quilômetros da rodovia, entre Sao Paulo e a divisa com o Paraná. O ministro Eliseu Padilha justificou o alto custo alegando cuidados ambientais. O projeto foi apresentado sábado, em Registro, aos prefeitos dos 23 municípios do Vale do Ribeira.

Os prefeitos cobraram de Padilha maior rapidez nas obras de duplicaçao da estrada conhecida como "rodovia da morte", que corta o vale. Segundo o ministro, o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), que executa a duplicaçao, teve que modificar várias vezes o projeto para atender a exigências de ambientalistas.

O projeto definitivo está sendo revisto pelos técnicos do DNER, em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente. "Estamos dando a esse trecho da estrada um tratamento especial, nao apenas no tocante à engenharia, mas sobretudo na parte do meio ambiente".

O trecho da serra, segundo ele, será um dos mais avançados projetos rodoambientais do mundo. O projeto deverá estar concluido até dezembro. Antes disso, Padilha pretende realizar uma audiência pública na regiao para discutir a obra com a comunidade. A licitaçao será aberta no início do próximo ano. As obras serao concluídas em 24 meses. O ministro disse ter determinado ao DNER o apressamento das obras nos outros trechos da rodovia.

A duplicaçao foi dividida em 25 lotes, sendo 13 de pista asfáltica e 12 de obras de arte, como pontes e viadutos, mas em vários pontos os serviços estao atrasados. O governo está investindo R$ 428 milhoes nessas obras. Padilha anunciou a liberaçao de recursos para a primeira fase das obras de pavimentaçao de um trecho de 93 quilômetros da BR-476, que liga o sudoeste de Sao Paulo a Curitiba. O trecho a ser pavimentado vai de Adrianópolis, na divisa entre os dois Estados, a Bocaiúva do Sul, no Paraná. A rodovia será uma alternativa de tráfego para a BR-116.