Sakura Matsuri. O nome pode ser estranho; algo parecido com marca oriental de condimentos culinários. Mas seu significado é bem conhecido dos descendentes de imigrantes japoneses que aportaram no Brasil a partir do século XX, estabelecendo colônias nas regiões Sul e Sudeste. Para eles, Sakura Matsuri representa uma das mais importantes festividades, realizada anualmente em homenagem à cerejeira japonesa (sakura), cuja flor é tida como símbolo da terra natal. É esse tipo de comemoração que quem viajar até o Planalto Catarinense neste fim de semana poderá conferir. Domingo, a colônia japonesa da comunidade de Celso Ramos, no município de Frei Rogério, celebrará a Sakura Matsuri com direito a apresentações de danças folclóricas, cerimônia do chá, artes marciais, ikebana e artesanato.

Além de saborear pratos típicos da gastronomia japonesa, o visitante poderá aprender as formas de vestir o kimono, conhecer a caligrafia japonesa Shodô e participar de videokês e workshops gratuitos. Mas o maior espetáculo fica por conta da estrela da festa: a cerejeira. Como as pétalas da flor da cerejeira caem todas de uma só vez, sempre no início da primavera, os japoneses comparam a árvore ao espírito guerreiro de um samurai.

A colônia de Celso Ramos é formada por 40 famílias japonesas. Lá, os imigrantes implementaram o Parque Sakura, com 3 mil cerejeiras, centenas de ipês e 2,5 mil mudas de outras plantas nativas do Japão. Outro atrativo é o Parque Sino da Paz, idealizado por um sobrevivente de Nagazaki, Kasumi Ogawa, onde são realizadas cerimônias em homenagem às vítimas da bomba atômica.

Serviço – Frei Rogério fica no Planalto Catarinense, próximo aos municípios de Curitibanos e Fraiburgo. Para chegar lá, o motorista que parte de São Paulo deve seguir pela rodovia Régis Bittencourt (BR-116) até o entroncamento com a BR-470, em São Cristóvão do Sul (SC) e, de lá, prosseguir pela BR-470 até Curitibanos, que fica a 31 km de Frei Rogério.

Como a cidade é pequena, as melhores opções de hospedagem estão nas vizinhas Fraiburgo e Curitibanos.