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Santo André volta à luta contra o rebaixamento
Nelson Cilo
Do Diário do Grande ABC
11/06/2004 | 22:09
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  Agora, é tudo para fugir da lanterna. Embalado pela vaga já assegurada na final da Copa do Brasil, o Santo André – três pontos negativos por culpa dos 12 perdidos no Superior Tribunal de Justiça Desportiva – ataca o Sport, às 16h deste sábado, no Bruno Daniel, pela Série B do Brasileiro. Se no julgamento de quinta-feira o STJD reverter a pena imposta ao clube, que teria escalado Valdir e Osmar irregularmente, a equipe se aproximaria da zona de classificação.

A equipe garante não nutrir qualquer espírito de vingança contra o técnico Luiz Carlos Ferreira, que reaparece como rival no antigo ninho. O atual comandante Péricles Chamusca não prevê nenhum duelo especial entre os dois treinadores. “Na prática, isso não existe. Os jogadores é que resolvem lá no campo”, exemplifica.

Chamusca parece ignorar a importância de um confronto entre ambos, mas é claro que se liga na estratégia de Ferreira. Tanto é que decidiu esconder as armas do inimigo. Nem o coletivo desta sexta serviu para tirar algumas dúvidas. As definições dependiam basicamente da possível estréia do lateral-esquerdo Almir, ex-Corinthians-AL, na vaga do ala direito Da Guia, que sofreu uma contratura muscular. Haveria uma inversão de lado.

De concreto, Chamusca confirmou a volta do centroavante Osmar, que substitui Makanaki, um dos heróis da vaga comemorada no Olímpico. “Tudo bem. Se o professor precisar novamente de mim, é só me avisar”, disse Makanaki, um dos mais baladados pelos torcedores que reaqueceram o clima no treino desta sexta.

O matador do Olímpico – autor do terceiro gol que na quarta-feira despachou o 15 de Novembro – curtiu a presença da pequena Mariana, 2 anos e meio, que lá estava para rever e abraçar o tio Júnior (goleiro). Se Makanaki encarou naturalmente a opção do chefe, o experiente Osmar, não menos diplomático, mandou um recado ao discípulo. “Agora, sai ele. Amanhã, saio eu. O futebol é assim. Aqui, o legal é a união do grupo. Também já marquei gols decisivos na minha carreira e fui para o banco”, recorda.

Se Ferreira pensa que vai enrolar taticamente o Santo André, o volante Ramalho dá algumas dicas para contragolpear os pernambucanos. “Já sabemos que o forte do Ferreira é a marcação, principalmente no meio-campo. Então, o jeito é rodar o tempo todo para escapar e abrir espaços”, sugere o maestro do esquema de Péricles Chamusca.

Revanchismo? O presidente da Tuda, Ovídio Simpionatto, não admite nem de longe da idéia de mandar os colegas da organizada pegar no pé de Ferreira. “Não cometeríamos essa ingratidão. Ele é de casa. Ganhou um monte de títulos aqui”, lembra Ovídio, que ainda terá como adversários alguns ex do Santo André: Sílvio Criciúma, Adeílson, Marcão e Marquinhos Bolacha.

Visivelmente constrangido, Ovídio justificou a tímida presença de três representantes da Tuda no desembarque da delegação que veio de Porto Alegre para Congonhas. “Só nos avisaram na última hora que não teríamos ônibus”, reclamou. Enquanto isso, os torcedores pagarão neste sábado o preço único de R$ 10 – ou R$ 5 para mulheres, crianças até 12 anos e aposentados.




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