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Câmara de Diadema cortará gastos
Vinícius Casagrande
Do Diário do Grande ABC
05/05/2003 | 22:30
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Uma redução de pelo menos 10% nos gastos da Câmara de Diadema. Essa é a proposta que o presidente da Casa, Marquinhos Ernandez (PT), pretende apresentar aos demais vereadores ainda nesta semana. Segundo o petista, o corte nas despesas do Legislativo será necessário em função dos problemas financeiros enfrentados pela Prefeitura, que teve R$ 7,5 milhões bloqueados por conta de dívidas com precatórios e outros R$ 16 milhões retidos para o Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério).

A Câmara sofrerá conseqüências com a diminuição do repasse feito pela Prefeitura. O orçamento do Legislativo é de cerca de R$ 1 milhão ao mês, e o presidente pretende reduzir as despesas para R$ 900 mil. No entanto, o secretário de Finanças, Sérgio Trani, já deu sinais de que o corte de gastos terá de ser ainda maior. Em um ofício encaminhado ao Legislativo, Trani afirmou que em maio a Prefeitura irá repassar apenas o suficiente para o pagamento dos funcionários, cerca de R$ 770 mil.

Trani afirmou ainda que a situação não deve se alterar significativamente nos próximos meses. Segundo ele, a intenção é manter o repasse apenas para a folha de pagamento. “É claro que a Câmara não pode ficar sem custeio. Caso haja necessidade específica, vamos ter de discutir ponto por ponto”, afirmou. Trani disse que já conversou com o presidente da Câmara para um acordo.

Para se adequar à nova situação, Ernandez disse que algumas providências já começaram a ser tomadas para diminuir as despesas da Casa, como o rompimento do contrato com a empresa responsável pela manutenção dos carros oficiais, que o presidente considera que cobrava preços abusivos, e com a empresa que operava o sistema de som da Câmara.

O presidente do Legislativo pretende discutir com os demais parlamentares, na quinta-feira, algumas reduções que irão afetar diretamente os vereadores. Entre as propostas, está a redução da quantidade de cópias e do combustível disponível aos carros oficiais. “Já tenho conversado com os vereadores, e as propostas têm sido muito bem aceitas”, afirmou Ernandez.

Mas o principal corte será com a redução do custo da reforma do prédio da Câmara. O presidente afirmou que, independentemente do resultado da perícia, a obra terá seu valor diminuído com a troca dos materiais que seriam utilizados na reforma. “Vou ver uma ou outra coisa para que se torne mais barato. Sem dúvida, a obra vai ter o valor reduzido”, disse. Enquanto são feitas essas análises, o presidente da Câmara já suspendeu os pagamentos e só pretende retomá-los após a diminuição dos valores. A obra teria um custo inicial de R$ 809 mil.




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