A trajetória da Ponte Preta e Santos no Campeonato Brasileiro não é muito diferente desde a implantação do sistema de pontos corridos, a partir de 2003. A Macaca se acostumou a enfrentar o perigo do rebaixamento nas últimas competições; o Peixe seguiu caminho inverso: conviveu entre os líderes. Para o duelo deste domingo, às 18h10, no Moisés Lucarelli, em Campinas, as duas equipes se encontram em uma situação já conhecida e desafiam a rotina.

Na era dos pontos corridos, o time da Vila Belmiro foi o segundo colocado de 2003, conquistou a taça do ano seguinte, e seguia no topo em 2005 até o início do segundo turno. Porém, as saídas dos pilares Léo, Robinho e Deivid ruíram o plano do Peixe, que acabou na décima posição. Para reaver a ponta em 2006, o Santos não mediu esforços e trouxe o símbolo máximo da excelência em Brasileiros: o técnico Vanderlei Luxemburgo, cinco vezes campeão do torneio. A ausência para esse jogo é o zagueiro Preto, ex-Santos, punido nesta sexta pelo STJD por dois jogos de suspensão. O zagueiro já cumpriu uma partida. Em seu lugar, a Ponte terá Thiago Matias.

Já o time da Vila busca sua primeira vitória na miniturnê iniciada em Fortaleza, na semana passada, que incluiu também o revés no tempo normal para Cruzeiro, pela Sul-Americana. Atrás do líder São Paulo e do Inter, um novo tropeço do Peixe poderá custar a perda da terceira colocação.

A novidade do Santos para o confronto no Majestoso é a estréia do meia Zé Roberto. Contratado no final de agosto, o volante que defendeu a seleção brasileira no Mundial havia solicitado 15 dias de recuperação. O pedido foi aceito por Luxa e Zé Roberto faz seu primeiro jogo pelo Peixe.

Para Luxemburgo, o meia não teria condições de jogar os 90 minutos, porém, a vontade em defender seu novo clube pode suprir a desvantagem física.