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Seminário sobre a crise recebe críticas e elogios
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
07/03/2009 | 07:00
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Thales Stadler/DGABC


Para que seja bem sucedida as discussões sobre o impacto da crise financeira na região é preciso que exista um embasamento das propostas em dados concretos. Entretanto, se forem colocadas opiniões calcadas apenas em "achismos", o encontro não atingirá seu objetivo: fomentar soluções de saída à turbulência. Esta é a opinião de Antônio José Monte, presidente reeleito (ontem) da Coop (Cooperativa de Consumo), em relação ao seminário O ABC do Diálogo e do Desenvolvimento, marcado para os dias 11 e 12.

"Para o seminário dar certo, os temas precisam ser subsetorizados. Por exemplo, o que pode ser aplicado no varejo, não é aplicado na indústria petroquímica, na automobilística, na de plástico e nem na de cosméticos, todos pontos fortes na região. Tomara que passem informações bem calibradas. Se a pessoa for lá para falar eu acho, não serve para nada", disse Monte.

Para Rosana Carnevalli, diretora-adjunta do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil) regional, o evento é uma oportunidade de elucidar os pontos negativos que burocratizam os processos setoriais para tentar agilizá-los. "O Grande ABC sempre foi uma mola propulsora para o País. No caso da construção civil, estão envolvidos diversos insumos, o que movimenta bastante a economia. Agora, com a disposição do governo em investir em financiamento habitacional para as classes B, C e D, vemos uma grande oportunidade, pois, na região, há muita demanda".

O seminário, que reunirá representantes dos governos federal e estadual, e representantes da sociedade civil da região, gera expectativa positiva nos empresários do segmento de autopeças. "Se o Grande ABC não é o pulmão, é um dos órgãos vitais da indústria automobilística no País. Portanto, a ideia de realizar um evento buscando soluções é super interessante. Acho até que demorou para tomarem a iniciativa", diz Milton Martins, gerente de recursos humanos da Dura Automotive Systems. de Rio Grande da Serra.

Embora a indústria forneça apenas para o ramo automobilístico, possui uma carteira bastante diversificada. "A Renault está com um estoque enorme e a GM diminuiu muito os pedidos. Mas a Volkswagen e a Ford estão vendendo, o que segura as pontas".

Na opinião de Norberto Perrela, proprietário da Ferkoda, também do setor de autopeças, a única saída é essa: conversar, "Envolver todo mundo realizando um bate-bola na região e compartilhando as questões com a esfera federal". Segundo ele, foi enviado pela Agência de Desenvolvimento Econômico um questionário, em fevereiro, sobre a atual situação das empresas em meio à crise. "Isso favorece a veracidade da situação que é levada a debate".




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