Economia Titulo Consumo
Preço da carne bovina ficará estável e da suína continuará em queda no primeiro trimestre

Com os custos de produção acomodados, principalmente soja e milho, valor se estabiliza

Das Agências
12/02/2022 | 08:36
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Celso Luiz/DGABC


No primeiro trimestre o consumidor pode esperar preços mais estáveis dos principais cortes bovinos. A tendência tem a ver com os custos de produção, mais equilibrados graças à acomodação dos preços da soja e do milho. Essas commodities são usadas na produção da ração dos animais. A alimentação representa 70% das despesas de criação do gado.


Em 2021, o rebanho brasileiro totalizou 221 milhões de cabeças, um recorde histórico. Ainda assim, fatores como a redução, pelos frigoríficos, do abate dos animais diante da suspensão de importações de carne bovina pela China e do boicote a importações da proteína animal pelos países europeus, os aumentos sucessivos da tarifa de energia elétrica, a escalada de preço dos combustíveis e o crescimento no consumo devido às festas de fim de ano fizeram com que a cesta de carnes bovinas acumulasse uma inflação de 13,85% no ano passado.


“O último relatório da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) prevê que os estoques finais de soja e milho fechem 2022 em patamares mais confortáveis na relação oferta-demanda”, explica Diego Pereira, economista da Apas (Associação Paulista de Supermercados). A projeção para a safra 21/22 de milho indica um crescimento de 52% dos estoques e de 10,5% no caso da soja. Além disso, já foi anunciada para este ano a redução de 17% para 10% de biocombustível – produzido a partir da soja – misturado ao diesel. “Todos são indicativos robustos de estabilidade na cadeia formadora do preço da carne”, diz Pereira.


O preço da cesta dos suínos deflacionou 4,38% em 2021. Entre os vários fatores que colaboraram para tal redução estão a desoneração da folha de pagamento do setor produtor, a isenção do imposto de importação sobre o milho e o crescimento de 4,9% em relação a 2020 no número de animais ofertados. Para o primeiro trimestre de 2022, a projeção de queda nos preços permanece. Nos últimos 12 meses o valor negociado do suíno vivo recuou 20,84%.


A tendência do preço do frango é continuar em alta no primeiro trimestre devido à elevação do custo de produção provocado pelos aumentos autorizados para a energia elétrica. Em 2021, o frango registrou inflação de 27,82%. <TL>(das Agências) 




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