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Seleçao só viaja para Bogotá na véspera
Do Diário do Grande ABC
10/03/2000 | 17:44
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A seleçao brasileira só vai viajar para Bogotá no dia 27, na véspera do jogo com a Colômbia, o da estréia das duas equipes nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002. A medida foi adotada por precauçao, após a análise de relatório feito pelo coordenador-administrativo da Confederaçao Brasileira de Futebol (CBF), coronel Mauro Félix, sobre as condiçoes de segurança da delegaçao na capital da Colômbia. De acordo com o relatório, de conteúdo sigiloso, a seleçao deveria ficar o mínimo de tempo possível em Bogotá.

Félix esteve em fevereiro na Colômbia para visitar os locais disponíveis à seleçao. Embora tente minimizar a questao, a comissao técnica teme a hostilidade dos colombianos - muitos ainda estao inconformados com a goleada de 9 a 0, imposta pela seleçao pré-olímpica do Brasil à Colômbia, em janeiro, durante torneio seletivo para a Olimpíada de Sydney. O time viaja em vôo fretado e volta para o Brasil logo depois da partida. O hotel que vai hospedar a seleçao nao foi divulgado por motivo de segurança.

O técnico Wanderley Luxemburgo afirmou nesta sexta-feira que a altitude de Bogotá, de 2.700 metros, nao assusta a equipe. "Em La Paz, na Bolívia, com 3.600 metros acima do mar, é que as coisas se complicam", declarou. Ele definiu que a seleçao vai se apresentar na noite do dia 22, em Teresópolis, na regiao serrana do Rio, onde treina até o dia 26. "Estao criando um fantasma com relaçao à altitude de Bogotá; nosso adversário nao vai ser o clima, mas sim o excelente time da Colômbia."

Luxemburgo anuncia os 22 convocados para o jogo com a Colômbia na terça-feira, no Rio. "Agora nao vai dar mais para liberar jogador a pedido de clube", disse. O lateral Cafu, machucado, seria contatado nesta sexta-feira mesmo, por telefone, por Luxemburgo ou seu auxiliar Candinho, para que pudesse dar uma idéia do tempo que levará para sua recuperaçao.

Acusaçao - O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, acusou nesta sexta-feira Pelé de estar tentando atrapalhar a candidatura do Brasil à país-sede da Copa do Mundo de 2006. "Se o Brasil nao for o escolhido, ele terá grande participaçao nisso", disse Teixeira. O dirigente contou que teve dificuldades de explicar aos integrantes da Confederaçao de Futebol das Américas do Norte e Central e do Caribe que o caderno de encargos entregue pela CBF à Fifa estava correto.

De acordo com Teixeira, Pelé teria dito a esses dirigentes que a CBF mentira no caderno de encargos ao mencionar os estádios e as condiçoes financeiras e de segurança do país para organizar o Mundial. "Ele tem atrapalhado muito o nosso trabalho; já que nao quer ajudar, deveria ficar fora do processo.

Teixeira disse ainda que a cota recebida pelo Brasil para o amistoso com a Tailândia, em fevereiro, foi de US$ 500 mil, e nao de US$ 300 mil, conforme informou um diretor da CBF, que pediu sigilo. O presidente da CBF confirmou, porém, que o amistoso foi programado com a intençao de conquistar mais um voto, o do representante da Tailândia, para a eleiçao, em 5 ou 6 de julho, na Fifa, que apontará o país-sede do Mundial de 2006.




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