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A escassez de chips e a tokenização
Do Diário do Grande ABC
01/02/2022 | 23:59
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Os cartões de pagamento são essenciais para a vida cotidiana e para os negócios. Quase 90% dos pagamentos de consumidores que não são em dinheiro são feitos com cartões em lojas físicas e os cartões de pagamento também são essenciais para acessar o dinheiro. Além disso, entre 40% e 60% dos pagamentos on-line são suportados direta ou indiretamente (via carteiras digitais) por cartões de pagamento.


Com a escassez global de chips, porém, uma ameaça real surgiu. Os gargalos no fornecimento de chips tornaram-se tão críticos que os fabricantes de cartões enfrentam dificuldades cada vez maiores para conseguir os chips necessários para produzi-los. O mercado prevê interrupções significativas na produção de cartões de pagamento, afetando a capacidade de atender à demanda mundial. Essa crise não dá sinais de terminar tão cedo e continuará em 2022.


O problema deve demorar para ser resolvido, até porque, outros setores com maior valor agregado devem ser atendidos primeiro pelos vendedores de semicondutores, como o automotivo e de eletrônicos. Sob essa perspectiva, a escassez de chips para o mercado de cartões de crédito pode impulsionar os pagamentos via carteiras digitais e das tecnologias de tokenização por parte dos bancos, acelerando tendência que poderia levar muito mais tempo para se consolidar.


Tokenização é o processo de substituição dos dados do cartão de crédito ou débito por um conjunto único de caracteres, ou um token, que permite que os pagamentos sejam processados sem expor quaisquer detalhes confidenciais da conta que possam violar a segurança e a privacidade dos consumidores. Essa tecnologia tem se mostrado grande oportunidade para bancos e empresas brasileiras gerarem as suas próprias carteiras digitais. Diferentemente dos outros países em que atuam, esse mercado no Brasil é dominado por Google, Apple e Samsung Pay.


É formato em que esses gigantes do mercado de tecnologia acabam ficando com todos os dados de transações de clientes, o que possibilita a eles manterem o relacionamento estreito com o consumidor – e pode afastá-lo do banco.


Ao terem seus próprios cartões e carteiras digitais, os bancos e empresas não apenas reduzem custos (com tarifas, produção e envio de cartões físicos), mas também podem retomar esse relacionamento com o cliente, podendo usar o seu cartão digital logo após sua emissão. Dentro desse cenário, a tokenização pode ser excelente maneira de proporcionar pagamentos seguros e rápidos sem depender de chips.

Mauro Tozzi é diretor de vendas da empresa HST Card Technology.

PALAVRA DO LEITOR

Estarrecedor
É estarrecedor saber que o Brasil tem o segundo maior índice de corrupção do mundo, perdendo apenas para Nigéria, conforme pesquisa, que li em jornal inglês. Porém, comparando os dois países, o Brasil está em situação bem pior, já que não pune nenhum corrupto como deveria. O Brasil é o único País que não tem absolutamente nenhum político preso por corrupção, portanto, está clara a razão dessa praga (a corrupção) estar cada vez pior no País, já que nenhuma providência é tomada. Em todos os países de primeiro mundo, corrupção comprovada é punida com pena de morte ou prisão perpétua, além, é óbvio, de imediata devolução aos cofres públicos dos valores roubados.
Francisco Emídio Carneiro
São Bernardo


Devolução
Li reportagem neste Diário onde o presidente da Câmara de Santo André anuncia a devolução de R$ 4 milhões aos cofres municipais, enaltecendo, dessa forma, a austeridade de sua gestão (Política, dia 24). Nada contra a economia de dinheiro público, desde que haja efetiva redução de custos para que isso aconteça. Pensando assim, estranhei alguns pontos: qual o esforço despendido para a economia dos gastos com água e energia elétrica, se a casa estava em regime de home office? Já o esforço com a redução de oito assessores traria, sim, boa redução de custos, mas parece que o senhor se esqueceu de que a casa aprovou o aumento de mais 48 para a próxima gestão, não é mesmo? Vereador, assistimos a essas devoluções em todas as gestões anteriores e sabemos que elas podem acontecer por dois motivos: redução de custos, o que seria ótimo para a cidade, ou por superestimativa orçamentária com o objetivo de proselitismo político.
Vanderlei A. Retondo
Santo André


Eleição OAB
Estou tentando entender por que a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), com mais de 1 milhão de inscritos, não chama seus associados para votar na eleição para presidente nacional. A OAB, que teve papel preponderante na luta pela redemocratização durante a ditadura, lutou pelas Diretas já!, tem discurso correto e elege presidente em eleição indireta? Com 77 votos o advogado do Amazonas Beto Simonetti foi eleito. Sei lá o que explica essa decisão.
Izabel Avallone
Capital


Vergonha na cara
Diante das fortes chuvas e tantas perdas de vida em nosso Estado, especialmente nas cidades Francisco Morato, Caieiras e Franco da Rocha, fico intrigada, irritada e indignada com o discurso de muitos governantes, falando sobre fatalidade. Fala sério, né! Fatalidade é quando ao atravessar uma rua a pessoa é atropelada, ou acidente de carro, avião etc. O que falta para esses governantes – para zelar pela cidade num todo, limpar piscinões, não permitir invasões de terras – é terem vergonha na cara! E mais: terem o mínimo de responsabilidade sobre seus governos. O povo precisa observar quem são os prefeitos e nunca mais votar nos mesmos. Deus cuide daquilo que não podemos cuidar.
Rosângela Caris
Mauá


Queda de braço
O presidente cumpriu o que dissera: não atende mais determinações do ministro Alexandre de Moraes. Ao considerar extemporâneo o pedido da AGU (Advocacia-Geral da União) para que o presidente, em vez de comparecer à delegacia como estabelecera o ministro, se manifestasse por escrito, Alexandre dobrou a aposta. Bolsonaro, por sua vez, dobrou também, silenciando. Que outras fichas tem o ministro para pôr sobre a mesa? Os colegas do pleno irão cobrir a aposta dele e ordenar o comparecimento do presidente a uma delegacia? Há alguns meses, isso não surpreenderia. Hoje, não sei não.
Percival Puggina
Santana do Livramento (RS) 




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