Paulo Serra e Orlando Morando, os tucanos prefeitos de Santo André e São Bernardo, respectivamente, são cotados para disputar a eleição majoritária para o governo do Estado, em outubro. O nome do primeiro é aventado para encabeçar chapa para o Palácio dos Bandeirantes. Já o do segundo é sondado para sair a vice de Rodrigo Garcia (PSDB). O prestígio obtido pela dupla nas mais altas esferas do poder paulista devolve ao Grande ABC o protagonismo político que a região merece. As sete cidades, pela qualidade de sua gente e pela pujança de sua economia, precisam ocupar espaço nos salões e nas mesas onde se decide o futuro de São Paulo.

O lugar conquistado pelas duas lideranças do Grande ABC não é obra do acaso, ou da sorte. O desempenho administrativo de Paulo Serra e Orlando Morando como prefeitos de duas das mais importantes cidades do Brasil é que os catapultou ao topo da política paulista. Hoje, é praticamente impossível conversar com algum interlocutor do governo do Estado sem que o nome de um ou outro, quando não os dos dois, seja citado como exemplo positivo de gestão.

Foi à custa de suor e ideias diferenciadas que os dois, após garantirem as respectivas reeleições com considerável margem de segurança ainda no primeiro turno, em 2020, ascenderam na política estadual, o que agora faz com que sejam lembrados com frequência em todos os debates sobre a sucessão do governador João Doria (PSDB), que se desenha como uma das mais acirradas dos últimos anos.

Daqui até a eleição falta tempo considerável, ainda mais em se tratando de política, onde as certezas são voláteis, mas é importante saber que duas lideranças regionais têm voz ativa na articulação de grupos que, muito provavelmente, desempenharão papel de destaque até outubro. A influência de Paulo Serra e Orlando Morando no coração do poder paulista é a garantia de que os pleitos legítimos do Grande ABC não ficarão mais relegados a segundo plano. Os dois já são a voz das sete cidades no Palácio dos Bandeirantes mesmo muito antes do pleito.