A Hyundai está mesmo disposta a sepultar no Brasil a imagem de fabricante de automóveis apenas baratos. Representada há dois anos e meio no país pela Caoa, terceira empresa nessa função desde o início das importações, o fabricante sul-coreano parece ter superado a desconfiança do consumidor, que por duas vezes ficou órfão da marca no mercado brasileiro. Desde o início das operações, a Caoa conseguiu ampliar a rede de concessionárias – atualmente são quase 60 revendas no Brasil – e consolidou a marca no acirrado segmento de vans, que é liderado pela Kia Besta, mas tem a H100 no seu calcanhar. O próximo passo é atrair a atenção do consumidor de elevado poder aquisitivo.

Presente em Campos do Jordão neste mês, a Hyundai Caoa mostrou aos turistas que lotaram a cidade três novidades da marca: o cupê Tiburón, o utilitário esportivo Terracan e a nova geração do sedã Sonata, que já estão à venda nas concessionárias da marca. A empresa também expôs a Matrix, minivan cujo lançamento no Brasil ainda é incerto, mas que, a julgar pelos elogios dirigidos ao carro no estande de Campos do Jordão, tem boas chances de acontecer.

Assim, a Hyundai Caoa espera driblar a queda nas vendas no primeiro semestre deste ano, de cerca de 20%, por conta da crise que assola o mercado automotivo. O caminho não é fácil. O design coreano, embora esteja mais ocidental, graças ao crescimento das vendas da marca na Europa e nos Estados Unidos, ainda não foi assimilado pelo consumidor brasileiro. Contudo, a Hyundai tem pelo menos um bom argumento para convencê-lo: seus carros têm quatro anos de garantia.

O jornalista viajou a convite da Hyundai Caoa do Brasil