Na volta aos trabalhos, o presidente da República, Jair bolsonaro (PL), comentou ontem sobre o preço dos combustíveis e a Petrobras, temas recorrentes em suas falas. Em entrevista à TV Nova Nordeste, o presidente afirmou que reduziu a dívida da estatal em R$ 100 bilhões, e voltou a atacar gestões anteriores. De acordo com bolsonaro, a Petrobras foi "completamente aparelhada" durante os governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousef.
O presidente justificou que, com essas dívidas, a estatal ficou sem capital para investimento. "O que se reflete, na ponta da linha, no preço do combustível", afirmou o liberal.
Na série de críticas ao PT, bolsonaro também afirmou que as refinarias anunciadas pelo governo anterior em 2003 "não foram para frente" e geraram ao País uma dívida "na casa" dos R$ 90 bilhões.
Ao se defender das críticas em relação aos aumentos nos combustíveis, a quem bolsonaro atribui aos governadores e à cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o presidente voltou a defender um valor fixo para o imposto e acusou governadores de fazerem um "trabalho de lobby" contra esse tipo de mudança.
ETANOL
Durante a entrevista, bolsonaro ainda afirmou que nesta semana sancionou a venda direta de etanol das usinas para os postos de combustíveis, afirmando que isso deve ter um impacto no preço do combustível.
Porém, a lei que trata do tema foi sancionada justamente com veto do presidente aos artigos que regulavam essa venda direta. Como justificativa, o governo disse que, na prática, o veto não impede as operações de venda direta de etanol, já que o assunto pode ser normatizado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
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