O episódio Bebeto não provocou maiores desdobramentos no ambiente do Santo André. O artilheiro do time – oito gols na Série B do Campeonato Brasileiro – já se livrou de uma entorse no joelho, mas o técnico Ruy Scarpino decidiu colocá-lo no banco de reservas na derrota de sábado (2 a 1) contra o Atlético-MG. Isso irritou o atacante, que resolveu desabafar publicamente. No entanto, o diretor de futebol Sérgio do Prado tratou de esfriar a polêmica. “Vi o gesto do Bebeto como uma ranhetice altamente positiva. É sinal de que ele não é um atleta simplesmente acomodado.Sei que ele reclama porque é uma pessoa que tem brio. É natural que agora queira recuperar o espaço dele no time”, constata o dirigente, que assimilou a reação do matador.
Ruy Scarpino, igualmente democrático, também elogiou a chiadeira de quem, segundo ele, mostrou senso de profissionalismo ao reclamar da suplência. “Prefiro comandar jogadores que não se calem se ficarem de fora. É ruim dirigir aqueles que se encostam e acham que tá tudo bom. Mas não adianta falar. É preciso conquistar a posição nos treinamentos. Digam o que quiserem de mim, mas nunca poderão me acusar de ser injusto. Aqui, todos, menos o goleiro Nílson (a terceira alternativa), tiveram chance comigo. Não sou de conceder privilégios a ninguém. Não mantenho tratamentos diferenciados na hora de me relacionar no elenco. É o meu jeito”, avisa Scarpino, ao se referir a um assunto que, apesar de tudo, não serviu de pretexto para bagunçar o coreto no clube.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.