Economia Titulo Inovação
Chegada do 5G representa agilidade para as empresas

Indústria planeja interligar processos e intensificar as formas de produção com a nova tecnologia

Nilton Valentim
Do Diário do Grande ABC
26/12/2021 | 00:05
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Divulgação


O Brasil prepara-se para entrar na onda do 5G, sistema que permitirá navegar na internet com velocidade 100 vezes maior do que o atual 4G. A indústria espera a implantação da tecnologia para a modernização dos processos de produção. Em novembro o governo federal realizou o leilão dos lotes e a previsão é a de que em junho do próximo ano esteja disponível nas capitais brasileiras. Santo André, que desde 2020 aprovou legislação específica do 5G, teria condições de ser contemplada já neste lote inicial.

Com o 5G deverá ocorrer a massificação da chamada IoT, sigla em inglês para internet das coisas, em setores como automação industrial, telemedicina e segurança de trânsito, entre outras áreas.

A fabricante de pneus Prometeon, antiga Pirelli, com unidade em Santo André, pretende utilizar a tecnologia para integrar as várias etapas da produção. “Nas fábricas, desenvolvemos novos processos interligando todas as partes da produção, resultando em operação mais rápida e eficiente, graças a bancos de dados que antecipam necessidades de produtos, matéria prima, manutenção e outras. Hoje, já temos uma empresa moderna e interligada entre seus mais diferentes níveis, mas conseguiremos ir além deste ponto, trabalhando em qualquer coisa de qualquer lugar de forma totalmente integrada, com grande velocidade e baixa latência, em tempo real. Com o 5G poderemos evoluir ainda mais no monitoramento de máquinas, processos e equipamentos, trabalhando de forma interligada, dando um passo além na otimização das nossas operações e produtos”, afirma Everaldo Jacomini, diretor de administração, finanças, controle & TI (Tecnologia da Informação) da Prometeon para as Américas. 

A adoção do 5G no Brasil ocorre com atraso de pelo menos cinco anos em relação a outros países, mas isso não incomoda o diretor de TI da Mercedes Benz do Brasil, Mauricio Mazza. “Isso para nós é até interessante, porque receberemos uma tecnologia bem mais desenvolvida. Hoje os outros países estão se adaptando e nós vamos poder pular etapas”, afirma.

Mazza destaca a questão da internet das coisas, na qual os sensores poderão acumular mais informações e desempenhar várias funções. E que a combinação dessas ações poderá melhorar a produção e também facilitar a atuação dos funcionários na empresa. “Vai fazer com que tudo aconteça de uma maneira mais fluida, evito sobrecarga de trabalho e também a ocorrência de acidentes”, diz ele.

Além do ambiente fabril, ele projeta a utilização para fora dos portões da empresa. “Vamos poder acompanhar o nosso produto em atividade. Monitorar um caminhão que esteja na estrada, poderemos criar alternativas na logística, inverter fluxos, cobrir buracos de infraestrutura”, planeja.




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