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Paulo Serra tem a melhor avaliação; seis prefeitos ficaram acima da média

Tucano de Sto.André teve 65,1% de aprovação na pesquisa Diário/Badra; com dificuldades na gestão, Claudinho da Geladeira foi o pior, com 41,6%

Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
23/12/2021 | 00:01
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Celso Luiz/ DGABC


O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), termina o ano como o prefeito mais bem avaliado do Grande ABC, com 65,1% de aprovação, segundo pesquisa Diário /Badra, realizada entre os dias 20 e 22 de dezembro nas sete cidades da região. Foram ouvidas 7.420 pessoas (1.060 em cada município), que avaliaram o segundo semestre de 2021 e indicaram qual conceito dariam para a administração municipal.

Além do índice de aprovação, o prefeito tucano recebeu dos andreenses 26,2% de reprovação e 8,7% disseram não saber avaliar. Na análise mais detalhada, Paulo Serra obteve 15,8% de ótimo; 42,5% de bom; 27,8% de regular; 5,1% de ruim e 3,5% de péssimo. 

De uma forma geral, os chefes do Executivo do Grande ABC estão acima da média na avaliação positiva. Dos sete prefeitos, seis tiveram mais de 50% de aprovação dos moradores. A exceção ficou com Claudinho da Geladeira (PSDB), de Rio Grande da Serra.

Na segunda posição do levantamento, atrás de Paulo Serra, aparece José de Filippi Júnior (PT), que deu início, em janeiro, ao quarto mandato em Diadema, apesar de ter ficado 12 anos fora do poder municipal (quatro anos de Mário <CF50>Reali e oito de Lauro Michels). O petista foi aprovado por 62,5% dos diademenses entrevistados. Foram computados 9,6% de ótimo, 46,4% de bom e 27,9% de regular. Filippi recebeu 7,5% de ruim e 5,5% de péssimo. Do total, 3,1% não souberam responder.

Na sequência, em terceiro lugar, aparece o prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PL), que voltou a comandar o município após oito anos. O político recebeu aprovação de 61% e reprovação de 33,8%. Dos pesquisados, 8,7% consideraram o governo como ótimo; 42,1% como bom; e 32,1% como regular. Ainda obteve 9,1% de ruim e 5,8% de péssimo.

Em quarto no ranking aparece o prefeito interino de São Caetano, Tite Campanella (Cidadania), que termina hoje seu governo provisório, com a posse do prefeito eleito José Auricchio Júnior (PSDB). O vereador foi aprovado por 59,3% dos entrevistados e reprovado por 32,4%. Tite recebeu 11,2% de ótimo; 45,6% de bom; 24,8% de regular; 7,8% de ruim; e 5,7% de péssimo. Não souberam somaram 4,9%. 

Eleito para o primeiro mandato, o prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), ficou na quinta posição entre os chefes do Executivo avaliados, com aprovação de 58,1%. Entre os mauaenses entrevistados pelos pesquisadores do instituto, 34,2% disseram que a administração está reprovada neste primeiro ano de gestão. O petista recebeu 7% de ótimo; 43,1% de bom; e 33,8% de regular. Classificaram como ruim o governo de Marcelo 9,8% dos moradores e 3,6% consideraram a administração péssima.

Logo atrás aparece o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), reeleito no ano passado. O tucano recebeu a aprovação de 56,5% dos são-bernardenses entrevistados. Na pesquisa, 37,2% disseram reprovar o governo Morando. Do total dos moradores ouvidos pelo instituto, 17,5% avaliam como ótimo o primeiro ano do segundo mandato do tucano, 37,3% disseram que a administração é boa e 24,2% julgaram ser regular. Para 8,5%, a gestão foi considerada ruim e, para 9,6%, péssima. Não souberam responder alcançou 2,9%.

IMPEACHMENT 

Em último ficou Claudinho da Geladeira (PSDB). O tucano de Rio Grande da Serra, que passou boa parte do segundo semestre enfrentando um processo de impeachment na Câmara (suspenso pela Justiça no dia do julgamento, no início do mês), terminou o primeiro ano da gestão com aprovação de apenas 41,6% dos moradores da cidade. A administração do político foi reprovada por 46,5%. Não souberam dizer somou 11,9%. Entre os entrevistados de Rio Grande da Serra, 12,5% disseram que a gestão é ótima; 27,4% avaliaram como boa e 29,8% como regular. Na análise dos que rejeitam o governo de Claudinho, 13,8% apontam a administração como ruim e 12,8% como péssima. Não souberam foi 3,7%. Para o jornalista e analista de dados Mauricio Juvenal, responsável pela pesquisa Diário /Badra, o resultado mostra que Paulo Serra vem conseguindo manter o ritmo de governo no início do segundo mandato. “Ele tem de bom e ótimo mais do que o dobro da avaliação regular, o que atesta de fato a aceitação ao desempenho de sua administração”, disse.

Sobre Claudinho, o jornalista entende que o resultado confirma a dificuldade do tucano em focar no governo neste período. “Tudo isso é muito ruim para um prefeito que está apenas no primeiro ano de mandato. A leitura da população, em geral, é de confusão”, avaliou o analista. “Sem contar que ele não vem conseguindo entregar o que prometeu.”

Segundo Juvenal, não pode ser desprezado o bom momento político do PT, com o nome de Luiz Inácio Lula da Silva liderando as mais recentes pesquisas, e o índice ainda considerado baixo de João Doria (PSDB) nos últimos levantamentos.

Especialista em pesquisa de opinião e monitoramento de dados, a Badra Comunicação recebeu recentemente nota B+ no Ranking de Institutos de Pesquisa do Pindograma, levantamento que analisa institutos do País. A nota foi a mesma recebida pelo Datafolha.

MELHORA DE VIDA 

O instituto também perguntou aos moradores do Grande ABC qual a percepção sobre como ficará a vida no ano que vem. Em Santo André, 46,3% disseram que a vida vai melhorar; 35,8% avaliaram que ficará como está e 11,6% que irá piorar.

Nas demais cidades do Grande ABC, o índice entre os entrevistados pela pesquisa Diário /Badra que disseram que 2022 será melhor do que este ano foi: Mauá (44,5%), Diadema (44,3%), Ribeirão Pires (43,4%), São Bernardo (43,2%), São Caetano (41,9%) e Rio Grande da Serra (39%).

O Instituto Badra Comunicação, em parceria com o Diário, avaliou o segundo semestre de todos os prefeitos do Grande ABC. Foram ouvidas 7.420 pessoas na região (com idade acima de 16 anos), 1.060 em cada uma das sete cidades, sobre o sentimento com relação aos governos municipais. Os entrevistados responderam se aprovam ou desaprovam os trabalhos dos políticos, se classificam como ótima, boa, regular, ruim ou péssima a atuação até aqui. Os questionários foram aplicados de forma presencial entre os dias 20 e 22 de dezembro. A margem de erro é de três pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95% .




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