A intenção de Mentor é as reuniões da CPMI do Banestado voltem a acontecer a partir do dia 13 de setembro, quando começa o 'esforço concentrado' do Congresso Nacional. "Teremos um esforço concentrado no próximo dia 13 e vamos ver se, até lá, a gente consegue encontrar um caminho para recompor a Comissão", concluiu.

O relator da comissão também comentou o balanço das investigações divulgado nesta quinta-feira pelo procurador-geral da República, Claudio Fonteles, e pelas procuradoras Valquíria Quixadá e Raquel Branquinho, ambas do MPF (Ministério Público Federal). De acordo com os dados fornecidos pelos três, 137 políticos realizaram movimentações financeiras ilegais por meio de contas CC5 do Banestado, entre os anos de 1996 e 2002.

Segundo informações da Agência Câmara, José Mentor disse que os trabalhos da força-tarefa e da CPMI do Banestado são diferentes, embora caminhem em uma mesma direção. "Acho que cada um tem o seu objetivo. Nós na Comissão temos a nossa estratégia, que é a de concluir as investigações que estão em curso".

Ainda baseado nas informações de Fonteles, Quixadá e Branquinho, entre os parlamentares envolvidos não há governadores, senadores ou deputados federais, mas sim prefeitos, deputados estaduais e vereadores. Ao todo teriam sido movimentados aproximadamente US$ 24 bilhões.

A força-tarefa que investiga o caso é formada por integrantes do MPF, da PF (Polícia Federal), da Receita Federal e do BC (Banco Central).