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Grupo islâmico Jemaah Islamiyah reivindica atentado de Jacarta
Do Diário OnLine
Com Agências
09/09/2004 | 21:50
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O grupo Jemaah Islamiyah reinvidicou, nesta quinta-feira, o atentado contra a embaixada da Austrália em Jacarta, que deixou nove mortos e 182 feridos, em um comunicado publicado na Internet no qual promete novos ataques contra interesses australianos.

"Decidimos ajustar as contas com a Austrália, um dos piores inimigos de Deus e do Islã (...) e um dos irmãos mudjahedines conseguiu realizar uma operação mártir com um carro-bomba contra a embaixada da Austrália" em Jacarta, afirma o comunicado publicado no site, cuja autenticidade não foi comprovada.

"É o primeiro de uma série de ataques (...), aconselhamos aos australianos na Indonésia que abandonem o país, sob pena de transformá-lo em um cemitério para eles", adverte o texto, que prossegue: "aconselhamos o governo australiano a retirar suas tropas do Iraque. Se nosso conselho não for ouvido, daremos numerosos golpes dolorosos, já que as filas de carros-bomba não acabam. Nossa Jihad prosseguirá até a libertação da terra dos muçulmanos".

O governo australiano, que apoiou a invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos, declarou que não cederá à chantagem terrorista do grupo que assina o comunicado como "Jemaah Islamiyah no leste da Ásia - Departamento de Informação - Indonesia".

O grupo extremista islâmico é acusado de manter contatos em outros países do Sudeste Asiático. Também existem suspeitas de que ele mantenha ligação com a Al Qaeda, rede terrorista liderada por Osama bin Laden.

A Indonésia foi alvo nos últimos anos de sangrentos atentados terroristas, especialmente em Bali, onde em outubro de 2002 um ataque matou 202 pessoas, sendo 88 australianas. Outra ação terrorista, em 2003, deixou 12 mortos no hotel Marriot de Jacarta.

O chefe de polícia local, Da'i Bachtiar, disse que tudo aponta para um grupo islamita integrado pelos malaios especialistas em explosivos Noordin Mohammad Top e Azahari Husin. Os dois são procurados por seu envolvimento nos atentados de Bali, atribuídos à Jemmah Islamiyah.

"As mãos que atacaram em Bali são as mesmas que golpearam Jacarta", afirma o comunicado publicado pelo grupo, nesta quinta, na Internet.




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