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INSS divulga datas de pagamento dos benefícios em 2022

Calendário tem função de orientar os aposentados sobre dias em que irão receber; presidente de associação diz que medida é inútil

Nilton Valentim
Do Diário do Grande ABC
03/12/2021 | 00:01
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Tomaz Silva/ Agência Brasil

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O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) divulgou o calendário com as datas em que os mais de 36 milhões de aposentados e pensionistas do País – 354,5 mil nas sete cidades do Grande ABC – vão receber seus benefícios em 2022. A intenção do órgão federal é que as pessoas possam se programar. 

O presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Grande ABC, Isaías Urbano da Cunha, 81 anos, considera desnecessária a publicação do calendário. “É falta do que fazer. Não tem necessidade alguma. Todo aposentado sabe quando vai receber. Precisamos é que a situação financeira seja melhorada”, afirma.

Como de costume, os depósitos seguirão a mesma sequência de anos anteriores.

Para aqueles que recebem um salário mínimo, os pagamentos referentes a janeiro serão feitos entre os dias 25 de janeiro e 7 de fevereiro. Segurados com renda mensal acima do piso nacional terão seus vencimentos creditados em conta a partir de 1º de fevereiro.

A orientação do INSS é que os segurados fiquem atentos, pois a data de depósito dos proventos depende do número final do cartão de benefício, sem considerar o último dígito verificador, que aparece depois do traço, para aqueles que foram concedidos recentemente. Para os que possuem seu benefício há algum tempo, vale a data que já habitualmente recebiam os ganhos.

Cunha afirma que todos os beneficiários já conhecem as regras. “O aposentado tem o calendário na cabeça. Ele está sempre esperando o dia para receber. Não é preciso informar a data. Melhor seria o pagamento de um 14º salário, mesmo que fosse a metade do benefício para que ele pudesse comprar um presentinho de Natal”, diz o dirigente.

Cunha e os demais aposentados esperavam a aprovação do projeto de lei número 4.367/20, que prevê o pagamento do abono salarial em dobro, chamado de 14º salário, que no fim de novembro recebeu aval da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. No entanto, a proposta ainda precisa passar por análise da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) na casa e, caso receba parecer favorável, seguirá para o Senado. Se ali também for aprovada, vai para sanção do presidente da República. Na melhor das hipóteses, a parcela seria paga em março. 

"O melhor seguro que temos é a Previdência Social. Entretanto, o benefício vai cada vez mais ficando defasado. É preciso que isso seja corrigido”, encerra o presidente da associação.




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