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Esquenta a disputa em Cannes
Patrícia Vilani
Do Diário do Grande ABC
Com Agências
18/05/2001 | 18:21
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Na reta final do Festival de Cannes – estesábado é o penúltimo dia –, a busca pela Palma de Ouro está cada vez mais concorrida. La Stanza del Figlio, do italiano Nanni Moretti, aparecia até ontem como filme favorito, tanto nas preferências dos críticos publicadas pelas revistas especializadas como nos prognósticos antecipados nos bastidores do festival.

Mas há outras apostas, como Vou para Casa, do português Manoel de Oliveira, e três filmes norte-americanos – Shrek, desenho animado dos estúdios Dreamworks, Mulholland Drive, de David Lynch, e The Man Who Wasn’t There, dos irmãos Coen. E, ainda, os que torcem por Kandahar, do iraniano Moshen Makhmalbaf, e Va Savoir, do francês Jacques Rivette.

Quanto aos prêmios de interpretação, os nomes mais citados para melhor atriz são os de Isabelle Huppert por seu papel de neurótica masoquista em A Pianista; Laura Morante, pela mãe em luto de La Stanza del Figlio; e a jovem francesa Jeanne Balibar, por seu duplo trabalho – atriz que interpreta uma atriz – em Va Savoir. Alguns argumentam que o júri pode optar por Nicole Kidman, estrela de Moulin Rouge, do australiano Baz Luhrmann.

Quanto ao prêmio de interpretação masculina, as preferências se dividem entre Leonid Mozgovoi, impressionante em sua composição de Lenin moribundo em Taurus, de Alexandre Sokurov; Michel Piccoli, intérprete de Vou para Casa; e Jack Nicholson, que encarna um policial aposentado obcecado pela busca de um assassino em The Pladge, de Sean Penn. Cita-se também Billy Bob Thornton por seu papel em The Man Who Wasn’t There.

Os prognósticos, no entanto, não levam em conta os filmes apresentados ontem, La Chambre des Officiers, de François Dupeyron (França), e Desert Moon, de Aoyama Shinji (Japão), e hoje, Millennium Mambo, de Hou Hsiao Hsien (Taiwan), e Água Tibia sob uma Ponte Vermelha, de Imamura Shohei (Japão).

Em tempo: no ano passado, os críticos apontavam Dancer in the Dark, de Lars Von Trier, como vencedor, e em 1999, Tudo Sobre Minha Mãe, de Pedro Almodóvar. O júri imprevisível se retira neste sábado, depois da última exibição da competição, para deliberar em um local mantido em segredo, de onde só sairá amanhã para ir ao Palácio dos Festivais entregar os prêmios.




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