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Santos Brasil aposta na região

Referência em operações portuárias, companhia tem dois armazéns em S.Bernardo, um aberto na pandemia para atender o ‘e-commerce’

Wilson Moço
do Diário do Grande ABC
28/11/2021 | 00:01
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Divulgação


Referência em operações portuárias, a Santos Brasil investiu R$ 5 milhões na construção do seu segundo centro de distribuição em São Bernardo, em espaço às margens da Rodovia dos Imigrantes, sobretudo para atender à demanda de um serviço que já estava em franca expansão, o e-commerce. Apesar da chegada da pandemia do novo coronavírus ao Brasil, em março de 2020, a companhia decidiu manter o plano traçado em 2019 e, em outubro do ano passado, inaugurou o armazém, que hoje realiza 218 mil expedições de produtos por mês, 85 mil de três empresas cujo forte são as vendas on-line.

O que naquele momento parecia ser uma aposta em roleta russa em razão da crise global causada pelo vírus se mostrou uma decisão acertada quando se avalia os resultados da operação. Passado um ano desde que colocou o novo armazém em operação, a empresa, que tinha como slogam ‘do porto à porta (da fábrica)’, tem no e-commerce importante nicho de negócio. Não por acaso, o diretor comercial Ricardo Buteri avalia que o slogan, em breve, poderia mudar para ‘do porto ao e-commerce’. Ou, quem sabe, para ‘do porto à casa’.

Afinal, na operação de e-commerce a Santos Brasil cuida de todo o processo, desde a retirada do produto no porto, por exemplo, até a entrega na casa do cliente. “Esse armazém (inaugurado em outubro) tem relação comercial que passa pelo recebimento da mercadoria no porto, transporte para o centro de distribuição, armazenagem, separação, embalagem, etiquetagem e distribuição, sem contar operadores logísticos em todo o Brasil que fazem a entrega na casa do cliente”, comenta Buteri.

O executivo explica que o avanço do novo coronavírus e as medidas restritivas, de certo modo, levaram a companhia a acelerar o processo de estruturação da logística necessária para atender ao e-commerce, que passou a fazer parte do dia a dia das pessoas, na medida em que a maior parte do comércio e do setor de serviços estava impedida de atender presencialmente.

“Insistimos em fazer esse investimento (no novo armazém) para não ficarmos na dependência das cargas do porto. Percebemos que era o momento de colocarmos toda nossa estrutura e conhecimento à disposição. E os resultados mostram que acertamos ao levar o projeto adiante”, comenta o diretor comercial da empresa.
<EM>Não por acaso, a companhia está em negociações com cinco multinacionais interessadas em contratar os serviços da Santos Brasil, duas das quais bem encaminhadas. Caso pelo menos um acordo seja fechado, a empresa já tem pronto o plano para ampliação do centro de distribuição aberto em outubro, que tem 13.500 posições de pallets, exigiu investimento de R$ 5 milhões e está com 60% de ocupação.

Por questões de legislação, a companhia não pode dar detalhes dos planos de investimento nem de empresas com as quais negocia no momento, mas Ricardo Buteri não esconde que o Grande ABC tem posição estratégica para a companhia, porque os dois centros de distribuição, localizados na região do bairro Cooperativa, facilitam a logística.

Afinal, estão a meio caminho do Porto de Santos e de aeroportos, próximos das rodovias Anchieta e Imigrantes e do Rodoanel, o que favorece o transporte para o Interior e outros Estados.

“E não podemos esquecer que estamos praticamente no coração do maior mercado consumidor do País, que é a Capital e a Grande São Paulo”, comenta Buteri, ao lembrar que o primeiro centro de distribuição em São Bernardo, inaugurado há cerca de 20 anos, está em terreno de 105 mil m², sendo 35 mil m² de área construída – 94% de ocupação. A escolha de São Bernardo teve como objetivo atender a basicamente dois setores: automotivo e químico/petroquímico. Ali, por exemplo, a Santos Brasil mantém câmaras refrigeradas cujas temperaturas variam de -22º C a + 22° C para armazenar produtos químicos. 




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