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Sobe para mais de 700 o número de mortos no Haiti
Da AFP
21/09/2004 | 18:35
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O número de mortes no Haiti durante a passagem da tempestade tropical Jeanne aumentou ainda mais nesta terça-feira, chegando a 709, assim mobilizando a comunidade internacional. O balanço foi informado por fontes da Cruz Vermelha e da Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti).

Cerca de 600 pessoas morreram em Gonaïves, cidade do noroeste do país que está com os necrotérios abarrotados. Mais 109 morreram em outras regiões também no norte do Haiti, segundo fontes da Cruz Vermelha e da Minustah.

As autoridades do país temem que o número de vítimas seja ainda mais alta e prevêem encontrar mais corpos à medida que as águas baixarem.

Ajuda- A França anunciou o envio de uma ajuda de emergência a partir da Ilha de Martinica. Cerca de cinco toneladas de equipamentos (tendas, purificadores de água e medicamentos) serão enviados por avião, declarou a porta-voz adjunta do Ministério de Relações Exteriores da França, Cécile Pozzo di Borgo. Uma missão de avaliação de necessidades também será enviada ao país.

Além dos aviões, os primeiros caminhões transportando ajuda humanitária vão partir nesta terça-feira em direção a Gonaïves, segundo o representante do Programa Alimentar Mundial no Haiti, Guy Gauvreau, à RFI (Radio France Internationale).

Gauvreau transmitiu informações tranqüilizadoras sobre a segunda maior ilha do país, a Ilha de La Tortue, situada em frente à cidade de Port-de-Paix (noroeste). As comunicações com a ilha, de 180 km2, estavam cortadas desde o último fim de semana. Depois de informações alarmistas, helicópteros sobrevoaram a ilha e nada de anormal foi constatado, declarou o representante à RFI.

Já no noroeste do Haiti, os danos materiais são consideráveis. Várias cidades estão inundadas, um grande número de pessoas foi afetado e muitas casas foram destruídas.

A Minustah enviou na segunda-feira helicópteros a Gonaïves com a finalidade de entregar alimentos e medicamentos à população atingida. A ajuda humanitária continuará nos próximos dias.

"Não há uma só casa em Gonaïves que não esteja alagada", declarou o primeiro-ministro haitiano, Gérard Latortue, depois de sobrevoar a área de helicóptero. Originário dessa cidade, Latortue declarou o norte do Haiti "zona de catástrofe" e decretou três dias de luto nacional. Ele anunciou a intervenção do governo para ajudar as pessoas afetadas.

A tempestade tropical Jeanne atravessou uma parte do Caribe, deixando ainda 23 mortos na República Dominicana, nove nas Bahamas e outros dois em Porto Rico.

Antes da chegada de Jeanne, o Caribe havia sido atingido durante 12 dias pelo furacão Ivan, que provocou 108 mortes e grandes estragos especialmente em Granada, Jamaica e no sul dos Estados Unidos.

Outra tempestade tropical, a Karl, a quinta de importância na temporada, se desloca atualmente sobre o Oceano Atlântico. No entanto, não há previsão de que a Karl, que está localizada a 1.700 km das Pequenas Antilhas, atinja algum território.




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