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Prius desembarca em setembro
Sueli Osório
Enviada a Maragogi (AL)
12/10/2011 | 07:08
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Divulgação


A Toyota anunciou em Maragogi (AL) que passará a vender a terceira geração do hatch híbrido Prius no Brasil a partir de setembro de 2012. Lançado em 1997 no Japão, o modelo foi o primeiro equipado com motores a combustão (gasolina) e elétrico a ser produzido em escala comercial. Até agora, já foram vendidas 2,3 milhões de unidades em todo o mundo, sendo mais de 1 milhão de veículos só nos Estados Unidos.

A marca de origem japonesa definiu estratégia dividida em três fases, na qual desenvolverá atividades que começaram neste mês e irão até o início da comercialização do híbrido. A primeira fase visa disseminar a tecnologia híbrida entre os consumidores. Para isso, será inserido no site da Toyota (www.toyota.com.br) conteúdo de fácil entendimento sobre o funcionamento do veículo. Também haverá empréstimo de veículos para a imprensa especializada e celebridades para massificar a informação para o público.

Na segunda fase, haverá relacionamento mais próximo com os consumidores para avaliar a aceitação do produto e identificar itens específicos a serem adaptados para o mercado local. Finalmente, o Prius será exposto nas concessionárias e haverá test drives.

Também no segundo semestre de 2012 haverá a inauguração de outra fábrica da montadora, em Sorocaba (SP), e o início da produção de novo modelo compacto.

Segundo Luiz Carlos Andrade Junior, vice-presidente sênior da divisão comercial da Toyota Mercosul, o preço do Prius ainda não está definido até porque, nesse período que antecede o lançamento, a montadora pretende discutir com o governo incentivos fiscais para esse tipo de veículo, que utiliza tecnologia limpa. Segundo ele, no entanto, o recente aumento do IPI para modelos importados não atrapalhou os planos da Toyota de trazer o híbrido. Mas ele sinalizou que o posicionamento de preço do Prius ficará entre o Corolla - que custa de R$ 63.570 a R$ 86.570 - e o Camry, que sai por R$ 131 mil. "A intenção é vender de 100 a 150 unidades por mês", afirmou.

Sobre a demora do Prius para chegar ao Brasil, o presidente da Toyota Mercosul, Sunichi Nakanishi, disse que inicialmente os mercados estratégicos para o modelo eram o Japão, a América do Norte e Europa. "Também havia a questão do combustível no Brasil, onde a gasolina tem 25% de etanol, o que exigiu desenvolvimento específico para o mercado brasileiro." A Toyota não descarta desenvolver sistema híbrido com motor flexível. "Tudo depende da aceitação do modelo no mercado brasileiro", garantiu Koji Okawa, vice-presidente da divisão de engenharia da Toyota Mercosul.

 

Rodar é suave e silencioso

 

Ao entrar no Prius chamam a atenção o visual futurista e o silêncio ao dar a partida, o que é feito por meio de botão no painel. A condução, no entanto, é a mesma de um veículo convencional.

Guiamos o híbrido por ruas asfaltadas, de paralelepípedo e sem calçamento em Maragogi. O modelo tem rodar macio, condução suave, mas demonstrou ser baixo para passar por buracos e lombadas típicos das ruas brasileiras.

O Prius é equipado com motor 1.8 16V a gasolina, de estrutura muito compacta, especialmente desenhado para trabalhar em combinação com o motor elétrico de 650 volts. Esse propulsor é dotado de corrente elétrica alternada trifásica e funciona em sincronia com o motor a combustão para potencializar o desempenho em altas velocidades e impulsionar as rodas quando o veículo estiver funcionando apenas no modo elétrico.

Durante o processo de frenagem regenerativa, o motor elétrico trabalha como gerador de energia de grande capacidade, transformando parte da energia cinética, que se perde nos veículos tradicionais, em energia para o carregamento da bateria do sistema híbrido, que abastece o motor elétrico. A bateria autônoma tem potência máxima de 27 kW e dispensa carga externa.

O Prius oferece quatro modos de condução. No Normal, o sistema otimiza o uso dos dois motores de forma automática. Em EV, o Prius entra em modo 100% elétrico, permitindo guiá-lo a até 40 km/h sem usar o motor a combustão até o término da carga da bateria.

O modo Eco serve para otimizar o controle do ar-condicionado, visando mínimo consumo de combustível. E o Power modifica a resposta do carro em aceleração, intensificando a potência para melhorar o desempenho. É indicado na realização de ultrapassagens e retomadas de velocidade.

 




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