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Bancos rejeitam pela terceira vez reajuste a trabalhadores
Priscila Dal Poggetto
Do Diário do Grande ABC
29/08/2006 | 22:20
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Na espera de novas propostas por parte dos bancos, os representantes dos bancários ficaram mais uma vez sem resposta. A terceira rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), realizada terça-feira em São Paulo, não trouxe mudanças ao debate sobre aumento real do salário e participação dos lucros e resultados. Os representante da Fenaban se comprometeram a apresentar as propostas somente na próxima rodada, prevista para a semana que vem, mas ainda sem data definida.

Os bancários querem aumento real de 7,05%, além da reposição da inflação e PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) de 5% do lucro linear, mais um salário acrescido de R$ 1,5 mil. A categoria pede ainda a inclusão da 13ªcesta-alimentação e o 14º salário, propostas que foram rejeitadas pela Fenaban. “A diretoria do sindicato vai se reunir amanhã (nesta quarta-feira) para discutir que atividade será realizada com a categoria, para pressionar os bancos”, afirmou a presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Maria Rita Serrano.

Apesar da negativa sobre o reajuste salarial, a categoria conseguiu avançar em três aspectos também reivindicados na Campanha Nacional dos Bancários Unificada – as questões de assédio moral, saúde e segurança. Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, pela primeira vez os banqueiros reconheceram os problemas nos locais de trabalho.

Para cada ponto, uma comissão de estudo será montada. A primeira rodada de negociação sobre a área da saúde acontece no próximo dia 13. Já o grupo que trata do assédio moral terá 180 dias para apresentar os resultados e iniciar a implementação de mudanças. Os debates sobre segurança serão marcados assim que encerrada a campanha salarial. “A questão da segurança tem que ser resolvida urgentemente. Hoje (terça-feira), fomos à reunião com tarjas pretas no braço para simbolizar a morte da bancária Bárbara Cristina, vítima de um assalto no dia 23 deste mês, e para pedir mais segurança nas agências”, afirmou o presidente da Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Vagner Freitas.



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