Três meses. Este foi o tempo necessário para a Mercedes-Benz trazer para o Brasil sua mais recente criação, o novo CLS 63 AMG, apresentado ao mundo em novembro, durante o Salão de Los Angeles.

Com linhas fluidas e musculosas ao mesmo tempo, o cupê considerado revolucionário em 2004 ao tornar-se o primeiro com quatro portas, é hoje ícone de design e referência de como serão os carros da marca alemã daqui para frente. Destaque para a dianteira, com nova grade - mais proeminente e cortada por único filete cromado - e o capô avantajado de vincos marcantes. O teto arredondado que termina na traseira de personalidade forte revela DNA da estrela de três pontas.

"Inevitável. O CLS sempre será diferente do restante", reconhece Roberto Gasparetti, gerente de marketing de produto da Mercedes do Brasil. "Há sete anos, quando apresentado, até nós achamos o modelo estranho. Hoje seu design é referência. Sua fluidez, por exemplo, acabou um pouco com a quadradice dos sedãs", completou.

Mas neste CLS, a beleza não é a única virtude. Os números também empolgam. Equipado com motor 5.5 V8 biturbo, o cupê desenvolve 525 cv e 71,3 mkgf de torque, fôlego suficiente para levar o bólido de 0 a 100 km/h em 4,4 segundos e atingir a máxima de 250 km/h - limitada eletronicamente. A transmissão é a AMG Speedshift MCT de sete marchas.

A brutalidade deste Mercedes criado nos laboratórios da AMG - divisão esportiva da marca alemã - não se resume a isso. Vai além. Com kit Desempenho - único opcional do CLS e que interfere basicamente na pressão do turbo e em outros componentes eletrônicos do propulsor - os números saltam. A cavalaria chega aos 557 cv, a força aos 81,5 mkgf e a velocidade máxima aos 300 km/h -bye bye limitador! Diga-se de passagem, só esta versão mais vigorosa está disponível aqui por US$ 260 mil (R$ 435 mil).

Apesar do desempenho acima da média, as questões ambientais e consumo receberam atenção especial, seguindo as palavras do presidente da Mercedes-Benz do Brasil, Jürgen Ziegler, durante a apresentação do modelo na fábrica de São Bernardo. "O carro do futuro tem que ser sem emissão, mas não sem emoção". O CLS 63 AMG faz 10,1 km/l em média e o nível de emissões de CO2 é de 231 g/km.

Parte deste desempenho ecológico está no sistema start/stop que, no modo ‘C' (Comfort) de condução, desliga o motor toda vez que o carro para, por exemplo, em um semáforo, e o liga novamente quando se tira o pé do freio. O sistema é desativado automaticamente nos modos de condução ‘S' (Sport), ‘S+' (Sport Plus) ou manual.

Essas opções de condução (‘C', ‘S' e ‘S+') também interferem nas trocas de marchas - quanto mais esportiva, em mais alta rotação acontecem as mudanças - e na rigidez da suspensão, que utiliza sistema AMG Ride Control - carga de amortecimento controlada eletronicamente.

Por esses motivos, o CLS 63 AMG pode ser classificado como um carrão. Mas suas qualidades vão além. O interior, por exemplo, utiliza novos materiais de revestimento. O painel de controles está totalmente voltado para o motorista e tem grafismo de fácil leitura. Os comandos do console central estão ergonomicamente posicionados para atender ao domador da fera. Os bancos de competição seguem o padrão de segurança, abraçando os ocupantes e impedindo que eles escorreguem nas curvas. O volante, novo também, tem empunhadura ideal para condução arrojada.

Entre os equipamentos de série, tudo o que é de eletrônica. Destaque para o Race Start (sistema de largada), assistente para ponto cego (Active Blind Spot Assist), assistente para se manter na pista (Active Lane Keeping Assist), controlador de estabilidade (ESP) e rodas de liga leve de 19 polegadas.

O currículo do Mercedes-Benz CLS 63 AMG está aí. Só falta agora colocá-lo na pista. Aguardamos ansiosamente.