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Palestinos rezam e fazem passeatas pela saúde de Arafat
Da AFP
04/11/2004 | 22:00
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Os palestinos rezavam na noite desta quinta-feira nas mesquitas de Gaza para implorar a Deus pela saúde de seu líder Yasser Arafat, 75 anos, que teve o estado de saúde agravado em Paris (capital francesa), onde está internado em estado de coma.

"Rogamos a Deus, Todo Poderoso, que conceda um restabelecimento rápido a nosso presidente Yasser Arafat para que retorne com boa saúde junto a seu povo", disse o imã da mesquita xeque Zayed, no oeste da cidade, ao final da oração dos "tarawih", do ritual do Ramadã que se celebra à noite. "Amém", responderam com devoção os fiéis.

Na mesquita, são rezadas a cada noite várias orações pela saúde de Arafat desde que partiu de Ramallah, no dia 29 de outubro, em direção a Paris, e o mesmo acontece em outros centros de culto da cidade.

Uns 500 membros do Fatah, o movimento de Arafat, desfilaram pelas ruas do bairro Xeque Raduan levando fotos de seu líder desejando-lhe, aos gritos, longa vida. Além disso, vários veículos com alto-falantes percorreram a cidade para anunciar a marcha organizada pelo Fatah no bairro para "jurar fidelidade ao presidente Arafat".

Os participantes, ao lado de dezenas de homens armados das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, grupo vinculado ao Fatah, seguiam um carro de som. "Com nossa alma e nosso sangue, nos sacrificaremos por ti Abu Ammar" (o nome de guerra de Arafat), diziam.

Detiveram-se apenas o tempo necessário para recitar uma breve oração na qual pediram a Deus que ajude o presidente a curar-se da doença.

À noite, as ruas da cidade estavam praticamente desertas, já que todos estavam em suas casas para saber as últimas notícias divulgadas pelas redes de TV Al Jazeera e Al Arabiya. "Então, há alguma novidade?", era a pergunta mais comum.

A televisão palestina divulgava em rede hinos em homenagem ao líder palestino, seguidas de boletins anunciando que ele está vivo. "Não mudaremos, seu amor permanecerá em nossos corações", dizia um dos cânticos, interpretado por Jamal al-Najjar.

As melodias eram acompanhadas por imagens de diversas etapas da vida do dirigente palestino: sua juventude, suas visitas a palestinos moribundos vítimas de ataques israelenses, seu glorioso regresso a Gaza em 1994 e o Mukata, seu quartel-general em ruínas no qual foi confinado pelo Exército israelense desde dezembro de 2001 até o final de outubro passado, quando foi retirado para receber tratamento médico na França.




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