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Caso Carajás: major vai se apresentar à Justiça nesta 2ª
21/11/2004 | 22:11
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O major José Maria Oliveira, que teve mantida na sexta- feira sua condenação a 154 anos de cadeia pela 2ª Câmara Criminal Isolada do Tribunal de Justiça do Pará por ter participado da matança de 19 trabalhadores sem-terra e ferimentos em outros 66, em abril de 1996, no episódio de Eldorado dos Carajás, vai se apresentar na manhã desta segunda-feira à desembargadora Rosa Portugal. Foi ela quem expediu, logo após o julgamento, o mandado de prisão do oficial e também do coronel Mário Pantoja, comandante da tropa de Marabá no confronto com os sem-terra. Ele foi condenado a 228 anos de prisão.

Pantoja e Oliveira, que estavam em liberdade, passaram mal logo após tomarem conhecimento do resultado do julgamento de seus recursos e foram internados na sexta-feira à noite no Hospital Sírio-Libanês com “crise hipertensiva”, segundo os médicos que os atenderam. Pantoja permanece internado em “estado de observação”, mas Oliveira deixou o hospital ainda na mesma noite e está em lugar incerto na cidade de Belém.

Se o major não se apresentar como prometeu seu advogado, Jânio Siqueira, será considerado foragido de Justiça. Os advogados Américo Leal e Roberto Lauria, defensores de Pantoja, garantem que irão apresentá-lo à Justiça assim que melhorar seu estado de saúde.

O mandado de prisão contra os dois oficiais deixa claro que ambos terão de cumprir a pena em regime fechado. Um local no Presídio de Marituba, localizado na região metropolitana de Belém, já foi reservado para eles. Na ala isolada dos outros presos, onde ficarão, tem camas, água gelada e um aparelho de televisão.




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