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Importação de banana da Am.Latina pela UE cresce 6% no semestre
Da AFP
20/09/2006 | 16:47
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As importações de banana latino-americana na EU (União Européia) aumentaram 6% no primeiro semestre de 2006, com relação ao mesmo período de 2005, destacou nesta quarta-feira a Comissão Européia, referindo-se ao impacto do novo regime aduaneiro de tarifa única para a fruta adotado pelo bloco.

"Estamos monitorando esta situação de perto, porque assim prometemos fazer. Podemos ver um aumento das importações de produtos vindos de países da América Latina da ordem de 6% no período de janeiro-junho", afirmou em Bruxelas a comissária européia da Agricultura, Mariann Fischer Boel.

Estes dados são as primeiras estatísticas oficiais sobre a importação de banana à UE desde que o bloco adotou, em 1º de janeiro, uma tarifa de 176 euros (cerca de US$ 223) por tonelada deste produto importado da América Latina, pondo fim ao sistema anterior de cotas e tarifas diferenciadas.

Naquele momento os produtos latino-americanos (Brasil, Costa Rica, Colômbia, Equador, Honduras, Guatemala, Nicarágua, Panamá e Venezuela) estimaram que o novo regime reduziria sua parte do mercado europeu a favor dos países da ACP (África, Pacífico e Caribe), que continuam gozando de uma cota anual de 775 mil toneladas sem direitos aduaneiros.

Alguns destes produtores ameaçaram, inclusive, levar a questão à OMC (Organização Mundial do Comércio), que em duas arbitragens anteriores já havia obrigado a UE a reduzir esta tarifa de 230 para 187 e depois para 176 euros.

"O desastre do qual falavam alguns quando foi introduzido o sistema de tarifa única não ocorreu", destacou Fischer Boel em resposta às previsões sobre a redução da parte latino-americana no mercado europeu de banana.

Enquanto países como o Equador (o maior produtor de banana do mundo) viram aumentar suas exportações para a Europa, outros como o Panamá registraram quedas em suas vendas, segundo dados da Comissão.

Com estes dados nas mãos, Fischer Boel aconselhou os produtores da América Latina a não recorrer à OMC e continuar negociando com a UE para, eventualmente, chegar a um acordo que permita reduzir ainda mais esta tarifa.

"É claro que, se os países decidem pedir um painel de arbitragem, não vou dizer o contrário. Mas espero que se juntem às negociações, discussões e consultas realizadas para conseguir uma solução definitiva para esta questão", destacou, referindo-se a uma atual mediação sobre o tema.




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