Política Titulo Disparidade
Grandes não conseguem hegemonia

Demonstração de força partidária em cidades não se estende pela região

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
28/05/2012 | 07:07
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Dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) apontam que há 29 partidos registrados no Brasil. Neste cenário, a busca por hegemonia política e ampliação das bases eleitorais é o objetivo de qualquer dirigente partidário. No Grande ABC, siglas que dominam cidades ostentam pouca ou nenhuma representação em municípios vizinhos.

Na avaliação do cientista político Rui Tavares Maluf esta disparidade reflete a realidade socioeconômica das cidades brasileiras. “Muitas vezes isso faz parte da estratégia dos partidos políticos, de concentrarem força em determinadas localidades”, analisa.

O especialista observa também que há legendas que criam hegemonia em algumas regiões, mas que depois entram em declínio político.

Fundado através dos movimentos sindicais do Grande ABC, o PT governa São Bernardo, Diadema e Mauá, e tem representação em todas as Câmaras. Apesar disso, o partido está longe de ser a principal força política em São Caetano (onde nunca chegou ao poder) e Rio Grande da Serra, por exemplo. A legenda tenta maior penetração nestas cidades com as pré-candidaturas a prefeito dos vereadores Edgar Nóbrega (São Caetano) e Cláudio Manoel da Silva, o Claudinho da Geladeira (Rio Grande).

Rival histórico do PT, o PSDB governa na região apenas Rio Grande da Serra, comandada por Adler Kiko Teixeira, recém-nomeado para comandar o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Em São Caetano, a sigla não tem representante no Legislativo e nem terá candidato a prefeito.

O cientista político e professor da Fundação Santo André Marco Antonio Carvalho Teixeira observa que há partidos que dependem de lideranças políticas para se fortalecerem. Ele cita o exemplo do PSB de São Bernardo, que perdeu força com a saída do deputado federal William Dib para o PSDB.

A disparidade de forças atinge outras legendas na região. O PTB, que comanda São Caetano (com José Auricchio Júnior) e Santo André (Aidan Ravin), ficou sem representação na Câmara de Diadema com a saída da vereadora Marion Magali de Oliveira para o PPL.

Apesar de surgir com pompa no cenário político, o PSD não terá candidato a prefeito na região. A legenda pode emplacar o deputado estadual José Bittencourt para ser vice na chapa ao Paço de Santo André encabeçada por Carlos Grana (PT).




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