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Itamar nao deixa claro se moratória vai continuar
Do Diário do Grande ABC
06/04/1999 | 13:01
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O governador de Minas, Itamar Franco (PMDB), concedeu na manha desta terça-feira uma entrevista coletiva onde fez um balanço do período de 90 dias em que vigorou a moratória decretada pelo estado.

Itamar, que esteve acompanhado do vice-governador Newton Cardoso, nao foi claro ao dizer se a moratória vai continuar ou nao. Ele apenas disse que nao aceita que a naçao seja submetida aos interesses do FMI (Fundo Monetário Internacional) e que vai continuar lutando para que "esse abuso" termine. O governador se recusou a responder às perguntas dos jornalistas sobre este assunto e se retirou da sala, no Palácio das Laranjeiras, após fazer algumas explanaçoes sobre os números das dívidas do Estado. Ele disse apenas que até o fim deste ano pagará os credores do Governo de Minas, porém, preferiu nao oficializar uma nova moratória com a Uniao: "Tudo depende da negociaçao com o Governo federal", afirmou

Segundo informaçoes da rádio CBN, Itamar criticou o presidente Fernando Henrique Cardoso, dizendo que "é um absurdo a perseguiçao de um dirigente da naçao ao estado de Minas Gerais". Porém, entende-se que a moratória irá continuar.

Depois que Itamar se retirou do local da entrevista, Newton Cardoso fez algumas declaraçoes. Ele disse que encaminhará aos deputados federais da bancada mineira documento que comprova que a Uniao deve ao governo mineiro mais de US$ 1 bilhao, referentes a obras de recuperaçao de estradas federais que passam pelo Estado, tocadas pelo governo mineiro. Segundo Cardoso, até agora Minas recebeu da Uniao US$ 293 milhoes, de um total de US$ 1,430 bilhao a serem recebidos. "Esse crédito nos dará direito de pagar por mais de dois anos a dívida repactuada da Uniao", disse.

O secretário de Fazenda de Minas Gerais, Alexandre Dupeyrat, também falou aos jornalistas e disse que dentro dos próximos 90 dias o governo mineiro efetuará o pagamento de uma dívida de R$ 8,864 milhoes junto aos pequenos credores do Estado. Até o final do ano, o governo mineiro pretende quitar sua dívida com cerca de 48 mil fornecedores, totalizando R$ 39 milhoes. O secretário disse que os grandes credores (cerca de 1.625) devem começar a receber seus créditos a partir do ano que vem.




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