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Dirigente checheno anuncia morte de 500 russos
Do Diário do Grande ABC
07/03/2000 | 11:55
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Mais de 500 soldados russos morreram nas maos dos rebeldes chechenos nos últimos dias, afirmou esta terça-feira um alto dirigente checheno, Movladi Udugov.

Cem pára-quedistas foram mortos em Komsomolskoie, Sul de Grozny, durante as últimas 24 horas e entre 130 e 150 há alguns dias, em uma localidade que nao foi indicada.

``Entre 300 e 350 pára-quedistas foram exterminados na segunda-feira em Ulus-Kert', declarou Movladi Udugov, por telefone.

A agência russa de notícias militares AVN, por sua vez, afirmou nesta terça-feira que 86 pára-quedistas morreram em combate na semana passada, desmentindo a cifra de 31 mortos dada pelo exército russo.

O combate teve lugar na madrugada de quarta-feira, perto de Ulus-Kert (junto aos desfiladeiros de Argún), afirmou a AVN, citando uma fonte militar.

O número de rebeldes, cerca de dois mil, era claramente superior ao da companhia de pára-quedistas com 90 homens, cercados pelos separatistas , segundo a agência, que precisou que os corpos foram repatriados para Rostov de Don (sur), onde se encontra o serviço médico legal do exército.

Os independentistas perderam pelo menos 500 combatentes nesta batalha, segundo a mesma fonte. O comandante das forças russas aerotransportadas, Georgui Chpak, reiterou hoje que o combate causou 31 mortos do lado russo.

Centenas de separatistas continuam resistindo aos ataques das forças russas, no Sul da Chechênia, enquanto Moscou tenta ocultar as baixas sofridas em funçao das eleiçoes que serao realizadas daqui a três semanas.

A cifra oficial é uma tentativa de enganar a opiniao pública, segundo comentou a fonte militar citada pela AVN, recordando que os generais tinham anunciado, na semana passada, o fim ``próximo' da ``fase militar' na Chechênia.

Esta é a segunda vez em menos de uma semana que os oficiais russos publicam balanços menores do que os apresentados em informativos. As perdas elevadas podem afetar a popularidade do presidente interino Vladimir Putin, favorito para as eleiçoes de 26 de março.




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