O deputado estadual Alex Manente (PPS), reeleito com 114.714 votos, afirmou que acompanha o posicionamento de seu partido no segundo turno. A sigla apoia o presidenciável José Serra (PSDB) desde o primeiro momento do embate. Porém, mesmo pendendo para o lado tucano por obrigação partidária, o popular-socialista continua no grupo do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT). A situação que parece incoerente é corriqueira no mundo político: apoio a adversários em diferentes esferas de poder.

Já nos bastidores é forte que a parceria esteja um tanto comprometida. Isso porque Marinho não teria cumprido os apoios estruturais e político prometidos para a reeleição de Alex. Contudo, o parlamentar esquiva-se de situação oriunda do fogo amigo petista. "O PT tinha candidatos próprios: Vicentinho (Vicente Paulo da Silva, reeleito a federal) e Ana do Carmo (reeleita na Assembleia). Não tem fogo amigo."

O parlamentar ainda pontuou que a relação com Marinho é boa e continua a mesma. "Meu partido é governista na cidade. A relação é a mesma com o PPS e com tantos outros partidos. Não estava com ele (Marinho) no primeiro turno (das eleições 2008)." E rechaçou qualquer tipo de acordo político com Marinho. "Ele prometeu a ampliação do atendimento da Santa Casa e o bilhete único, que eram compromissos de campanha, e cumpriu os dois."

Entretanto, o deputado adiantou que não disputará a cadeira do Executivo são-bernadense em 2012 caso não tenha amplo arco de alianças.

Na soma de votos do popular-socialista, São Bernardo foi a responsável pela parte mais expressiva: 68.127 votos. Seguida de São Caetano, que contribuiu com 10.040 sufrágios. Nos dois municípios foi campeão de votação. Ontem, Alex se reuniu com o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), para agradecer o empenho do chefe do Executivo em sua campanha.

O deputado conseguiu quase dobrar o número de votos comparado a eleição de 2006, quando conquistou 60.571. "Estou muito feliz por ser o deputado mais votado da história do PPS. Essa votação fortalece o partido. Eliminamos coisas ruins da última eleição, pessoas que não acrescentavam ao nosso trabalho", concluiu sem dar nome aos ‘bois'.