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Amazon.com quer se tornar o bazar da Internet
Do Diário OnLine
20/10/1999 | 15:38
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O portal Amazon.com, que se apresenta como a 'maior livraria do mundo', quer se tornar a maior loja da Internet, afirmou seu fundador e presidente, Jeff Bezos, que descartou certas dúvidas sobre a saúde financeira do negócio.

Primeiro foi uma livraria virtual. Agora, a Amazon.com estendeu suas atividades à música, vídeo, brinquedos e produtos eletrônicos para todos os públicos. "Isto é só o começo" afirma Jeff Bezos. A Amazon.com já implantou uma estratégia para se tornar a intermediária entre vendedores e compradores, e seu objetivo é ampliar e diversificar sua seleçao de produtos.

A empresa lançou em março deste ano uma página de leiloes e antes do fim do ano abrirá - em associaçao com a Sotheby's - uma página dedicada aos objetos de coleçao. No início de outubro lançou a ZShops, uma opçao que permite aos internautas particulares e pequenos comerciantes venderem seus produtos na página da Amazon.com por um abono mensal de US$9,99.

Criada há quatro anos, a empresa Amazon.com está cotada a 27 bilhoes de dólares na bolsa eletrônica Nasdaq, emprega 4 mil funcionários e tem 12 milhoes de clientes em 160 países, dos quais dois terços sao habituais. As previsoes para 1999 anunciam faturamento de 1,4 bilhao de dólares - mais que o triplo em 1998 -, mas a multiplicaçao das vendas nao se vê refletida nos lucros. Ao contrário, a Amazon.com é uma deficitária crônica. Este ano, a empresa perdeu 174,4 milhoes de dólares no primeiro semestre, e 608,4 milhoes de dólares em volume de negócios.

Segundo especialistas, a Amazon.com tem uma estratégia incoerente e equivocada, guiada por uma busca desesperada de lucros. A empresa nao perde muito dinheiro, mas investe muito para garantir a prosperidade a longo prazo, explica Jeff Bezos, que nao visa somente os lucros na hora de falar da boa saúde da Amazon.com. 'Os lucros nao sao uma ofensa, mas cometeríamos um erro se fizéssemos deles uma prioridade ao invés de investirmos em um período tao crítico como este', explicou. 'Nossa prioridade é o consumidor. É dele que depende nosso sucesso e para convencê-lo a vir, voltar e confiar em nós, é preciso gastar', concluiu.




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